Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste meu primeiro Blog, reúno a minha produção geral e divulgo as minhas atividades musicais. Não escrevo apenas sobre música, é preciso salientar ao leitor, pois abordo diversos assuntos variados. Como músico, iniciei a minha carreira em 1976, e já toquei em diversas bandas. Atualmente, estou a trabalhar com Os Kurandeiros.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Painéis da São Paulo Antiga - Por Luiz Domingues
Espalhados por vários pontos da capital paulista, grandes painéis chamam a atenção pela beleza artística e sobretudo pelo caráter nostálgico a retratar a cidade de São Paulo, sob imagens a trazer a nostalgia em torno da vida paulistana, décadas atrás. São paisagens urbanas, com cenas do cotidiano das décadas de 1910 a 1960, principalmente, do século passado.
Trata-se de um conjunto formado por painéis a conter grandes dimensões, com a mescla da arte tradicional e o grafite urbano. Geralmente inspiradas em fotos antigas e em preto e branco, e a respeitar a impressão causada pela foto, mas em alguns casos coloridas, a usar a livre e fértil imaginação do artista. E sobre quem estou a descrever, afinal ?
Trata-se de, Eduardo Kobra, paulistano com 36 anos de idade, fortemente influenciado pela arte urbana do grafite e admirador confesso do artista novaiorquino, Eric Grohe.
A obra de Kobra encanta pelo detalhismo; beleza estética e certamente pelo fator do resgate, ao buscar uma rara memória paulistana, pois é mesmo difícil a preservação do ambiente urbano em uma megalópole como São Paulo, onde a especulação imobiliária, invariavelmente, é desumana. Um dos mais lindos painéis, ao meu ver, está na Av. 23 de maio, na altura do Viaduto Tutóia, onde uma São Paulo dos anos vinte, perpetua-se a observar o caos gerado pelo gigantesco fluxo de automóveis da São Paulo atual, que ali trafega diuturnamente.
Eduardo Kobra, tem o seu estúdio próprio (Studio Kobra) e a este projeto em específico, dá o nome de : "Muro das Memórias".
Eis aí um exemplo de como o grafite pode ser artístico; belo e promotor de uma memória raramente evocada ao paulistano por sua própria cidade.
Matéria publicada inicialmente no Site / Blog Orra Meu, e republicada no Blog Pedro da Veiga, ambas em 2012.
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