Campeonatos Estaduais a Agonizar - Por Luiz Domingues
Sei que já falei sobre o assunto anteriormente e até
lancei uma ideia de que o Campeonato Paulista adotasse um fórmula semelhante à
de Copa do Mundo de seleções, com grupos e posterior fase de play-offs, os
populares “mata mata” e modéstia a arte, a fórmula que eu sugeri era bem
plausível, a enxugar a competição de forma drástica e ao mesmo tempo,
a aumentar o número de participantes,
para fazer com que mais equipes pequenas obtivessem acesso.
Contudo, eu não tenho acesso direto a nenhum dirigente
do futebol profissional e dessa forma, a minha ideia no máximo seria aproveitada
nos meus campeonatos de “botão”. Portanto, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes...
Só que o tempo passou, os campeonatos nacionais e
sulamericanos monopolizaram todas as
atenções e a verdade é uma só: os campeonatos estaduais representam um empecilho na
vida dos clubes e a clássica e velha desculpa, de que extingui-los destruiria os
clubes pequenos do interior é o fio tênue para que continuem a existir, embora
todos, incluso os torcedores, saibam que a sua importância reduziu-se em níveis
insignificantes.
Por ser assim, nesta matéria eu não trago uma fórmula pronta para
sugerir, embora não descarte pensar nisso e em uma eventual próxima matéria
a abordar o assunto, coloque-a no ar, porém, lanço apenas uma ideia generalizada a
pensar-se: e se além das quatro atuais
divisões nacionais, não criassem-se mais duas ou três, e estas mais modestas não
incluíssem todos os clubes pequenos do país que disputam divisões estaduais, em
um torneio nacional e regionalizado nas primeiras fases, exatamente como se
fossem os tradicionais campeonatos estaduais, mas que dariam direito aos mais
categorizados a subir e assim ao se misturar equipes de estados diferentes, talvez
de forma escalonada para minimizar custos e somente através de um eventual quadrangular
final ou mesmo disputa de play-offs, ficasse aberto para equipes de qualquer
parte?
Poder-se-ia instituir títulos para os campeões
estaduais das divisões, ao valer taça e medalha, portanto, a garantir que dessa forma, não se quebre a
tradição dos velhos estaduais e além disso, ao conceder a motivação de ascender às
divisões de elite nacionais. Prometo pensar e trazer uma fórmula em uma próxima
matéria. Por enquanto, uma coisa é certa: ou muda-se completamente a
perspectiva dos estaduais do jeito que a coisa está, ou que sejam extintos,
pois do jeito se configuram na atualidade, não está bom
para ninguém.
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