Bem, ao tratar-se
de uma obra baseada em um álbum do Pink Floyd, é óbvio que a primeira
expectativa gerada é por um grande filme, sob vários aspectos além da boa
música que essa banda sempre propiciou em sua carreira tão significativa. Creio
que em linhas gerais, o filme vai além de tal expectativa, pois o texto proposto
como mote no álbum do Pink Floyd, é forte e ao apresentar-se como uma “Ópera-Rock”,
propriamente dita, pois a sua estrutura alinhavada como uma história contínua,
configura um libreto, certamente. Nesse aspecto, o disco “The Wall” já veio a
público municiado com tal invólucro grandioso, ao suscitar uma história a
conter um mote forte. Portanto, ficou mais do que justificada a intenção de
adaptar tal história para o padrão cinematográfico. Não obstante tal fato
cabal, há por acrescentar-se que a história contém uma substância forte a resvalar
em diversas nuances em torno do tema da repressão, e com a forte insinuação em
termos de denúncia (e repúdio, por conseguinte), ao nazifascismo como fonte
primeva desse tipo de execrável controle das pessoas em meio a uma sociedade
rude e desumana por extensão. Ora, um tema forte, fortíssimo para ser mais
realista e a produzir o contraponto ao ideário contracultural libertário.
Portanto,
por tais características elencadas em conjunto, tal filme teria tudo para ser
uma peça cinematográfica das mais efusivas dentro do universo dos Rock Movies e
também dentro do espectro contracultural mais amplo, sem sombra de dúvida, no
entanto, apesar da obra conter os seus méritos e não são poucos, a realidade
mostrou um resultado muito aquém do suposto potencial alardeado pela dedução antecipada
mais óbvia e nesses termos, cabe uma análise mais pormenorizada.
Enfim, mesmo
com a música celebrada do Pink Floyd a garantir o sustentáculo emocional e a
contar-se com um aparato visual, principalmente no que tange às animações que
mesclaram-se às cenas dramatúrgicas tradicionais, muito bem executadas, o filme
peca pela atmosfera lúgubre, ao revelar-se um estado de angustiante falta de
perspectiva, misturado com mágoas e ressentimentos indissolúveis, o que torna a
obra, deveras depressiva em muitas, para não dizer todas, cenas ao longo da
trama. Ora, é claro que eu sei que o texto sugerido através da história contada
pelas letras das canções, sugere esse estado depressivo acentuado e por
conseguinte, não caberia nenhuma leitura mais branda que sugerisse um lampejo
de esperança ou otimismo da parte da personagem protagonista, que conduz a história,
no entanto, a produção; o ator escolhido para interpretar a personagem e a mão
pesada do diretor, Alan Parker, carregou em demasia.
Penso que é óbvio que esse
peso todo teve uma carga ainda acima, exercida como uma força a oprimir a
produção como um todo, na figura de Roger Waters, baixista; cantor e compositor
do Pink Floyd, e nas muitas biografias da banda, há menções sobre esse trabalho
em específico e o posterior do Pink Floyd, o LP “The Final Cut” (que era
considerado pelo próprio, Roger Waters, como uma continuidade da história
iniciada com o LP duplo, “The Wall”), ter sido uma revelação pessoal dos muitos
demônios que a desgraça gerada pelo advento da Segunda Guerra Mundial
causara-lhe diretamente, ao ter perdido o seu pai no conflito.
Por conta
desse trauma adquirido na sua tenra infância (Roger tinha poucos meses de vida,
portanto não conheceu o pai, na verdade), ele cresceu a odiar mortalmente o
nazifascismo que ceifou a vida de seu pai em campo de combate (Eric Waters,
oficial do Real exército britânico, tombou na batalha de Anzio, na Itália, em
1944). Não apenas por conta dos álbuns: “The Wall” e “The Final Cut”, Waters teria
escrito canções inspiradas pela dor em ter perdido o seu pai em combate na
guerra ou a execrar o nazifascismo como responsável pelo ocorrido, e não
apenas com o seu pai, mas também com milhares de outros pais que foram vilipendiados
por tal força brutal, motivada pelo desejo em impor uma ideologia tão
excludente por natureza intrínseca.
Mas em “The Wall”, que motivou o filme,
isso ficou patente. Dessa forma, a questão da opressão fascista exercida pela
força bruta é amplamente retratada no filme, assim com as suas consequências no
campo social, como por exemplo a questão da educação regida como um fator a
imprimir uma lavagem cerebral às crianças e assim, ao suprimir completamente o
poder reflexivo e criativo e portanto a individualidade, a propiciar criar uma autêntica
fábrica de seres absolutamente padronizados a seguir as normas impostas pelos
seus opressores, sem nenhuma contestação e assim a perpetuar-lhes o poder.
Para muitas
pessoas, o conceito do disco e do filme, “The Wall”, não é exatamente
absorvido, pois ficou muito forte a imagem em torno da crítica à opressão
educacional, tão somente, graças à massiva exibição da canção, “Another Brick in
the Wall”, adaptada como um videoclip isolado e fora do contexto do filme. Portanto,
tal conceito se visto isoladamente, também tem a sua relevância, não vou dizer
que não seja assim, no entanto, dentro do contexto geral da história, a conotação
é muito mais complexa, pois denota o deliberado plano cometido pelo sistema abusivo
e opressor, para seguir um roteiro político como meta, e dessa forma, é muito
mais grave ainda a denúncia proposta por Roger Waters, através do seu Pink
Floyd.
Há mais um
aspecto para ser anexado, pois o estrago emocional que tal opressão
sociopolítica causou, apresenta igualmente o dano psicológico. A depressão
absoluta que leva a personagem ao seu colapso mental, é um fato notório e
logicamente algo a lamentar-se. Guerra e imposição de uma ideologia radical gera
morte, dor, ferimentos físicos, fome & sede e caos social absoluto, e no
bojo, vem os transtornos psicológicos inerentes a abrir caminho para uma
infinidade de doenças mentais psicossomáticas.
Portanto, é bem forte nesse
filme, a quantidade de situações a envolver a personagem protagonista nesse
sentido e daí ter sido inevitável que o filme tornasse-se depressivo e até
deprimente em muitas cenas exibidas. Um filme de guerra tradicional tende a
mostrar cenas fores com matança e toda a miséria decorrente a sugerir nojo,
tristeza, raiva, desesperança e comiseração com os oprimidos, em doses fartas e
isso ocorre em “The Wall”, muitas vezes, no entanto, as cenas do protagonista a
viver o seu estado catatônico em vida adulta, decorrente de seus traumas
adquiridos na infância em meio à guerra, carregam em demasia em tal sugestão e
isso pesa muito, ao tornar o filme desagradável em muitos momentos.
Sobre os
aspectos positivos, além da música do Pink Floyd como já aludi, há um aspecto visual
muito interessante nas ilustrações que intercalam-se com a dramaturgia. Obra do
desenhista/animador, Gerald Scarfe, tais animações são bastante criativas,
não resta dúvida. Claro, tais desenhos seguem o libreto, portanto, muitas vezes
são representações metafóricas, imbuídas pelo espírito fantasmagórico. Dessa
forma, são sugestões tensas a evocar monstros com intenção devoradora,
certamente a buscar a metáfora do sistema opressivo que deseja destruir tudo.
Portanto, a agressividade é a tônica nessas animações.
Há também a conotação
sexual em alguns trechos, a insinuar a relação sexual entre flores a delinear
os órgãos sexuais masculino e feminino humanos, mas que travam uma luta pelo
poder e domínio, igualmente. Além de significativas cenas a mostrar um menino (o
próprio, Pink, no caso), que mostra-se amedrontado e de uma forma que quase
sintetiza a obra, vê-se perseguido por monstros assustadores e descomunais
(seus traumas interiores), e por conta desse temor, fecha-se em um muro
inexpugnável e aí, o tal muro (The Wall), tem a conotação dupla, pois tanto pode
ser a criação mental de alguém que busque uma couraça de proteção, quanto muito
pelo contrário, é um campo de concentração montado por um sistema político
opressor, com o intuito em tirar de cena os seus opositores. Independente de
qualquer alegoria que represente, o fato é que as ilustrações assinadas por
Gerald Scarfe, são impressionantes e certamente que é um ponto forte em tal
filme.
Sobre a
história em si, não há muito a ser acrescentado, visto que a presença de
diálogos é mínima entre as personagens e a história é praticamente expressa
pela música e reforçadas por cenas bastante alegóricas a conter bastante
ousadia simbólica e pelo uso de animações. Nesse sentido, tudo gira em torno de
Pink (interpretado por Bob Geldof, na vida adulta e Kevin McKeon, como adolescente
e David Bingham, a interpretá-lo como criança), que é um decadente astro do
Rock, cuja vida é inteiramente influenciada pelo fato dele possuir um trauma de
infância em torno da perda de seu pai durante a realização da guerra e daí,
criado por sua mãe (interpretada por Christine Hargreaves), mediante muitas
dificuldades e a trazer no bojo, a opressão escolar.
O professor (interpretado
por Alex McAvoy), é severo ao extremo com os seus alunos, mas em seu Lar,
porta-se como um homem fraco, que apanha da esposa (interpretada por Margery
Mason). É óbvia a crítica à hipocrisia moralista e típica nos meandros secretos
de regimes totalitários. Na vida adulta, Pink é casado (a sua esposa é
interpretada por Eleanor David), mas tem groupies à sua disposição, pela
condição que ostenta como um Rock Star, naturalmente.
No entanto, ele vive em
estado catatônico a assistir TV, completamente dominado por seus fantasmas
interiores. Enquanto assiste velhos filmes de guerra, a sua imaginação o faz
recordar-se do conflito que ceifou a vida de seu pai e o quanto sofreu por ter
ser criado somente pela mãe e a conviver com amigos que tiveram a sorte em
conviver com os seus respectivos papais e ele não (a cena no parque público, é
pungente, quando o menino tenta atrair a atenção do pai de um amigo, mas o
senhor em questão, o rejeita sem cerimônia para cuidar de seu filho,
exclusivamente). Em muitas cenas, Pink explode em crises nervosas a culminar em
destruir tudo a sua volta ou tomar atitudes autodestrutivas como a prática do
autoflagelo. Em tais cenas, há uma interessante fusão com as animações produzidas
por Gerald Scarfe, que a despeito da virulência em que estão envolvidas, são
plasticamente belas, pelo aspecto cinematográfico.
Sobre o ator em questão, Bob
Geldof, este era um músico inglês que militava na cena da estética do Pós Punk,
gerada ao final da década de setenta e com força até pelo menos o início da
segunda metade da década de oitenta. Ele atuava com uma banda chamada: “Boomtown
Rats”, que foi um grupo deveras insípido e dono de um único êxito musical,
ainda que apenas pelo ponto de vista comercial por ter entrado nas paradas de
sucesso por um período bem curto, do que propriamente pela sua qualidade
artística, no caso, a canção: “I Don’t Like Mondays”.
Alguns anos depois
(1985), Geldof enfim ficaria mais famoso por ter sido um dos idealizadores do
festival: “Live Aid”, que reuniu grandes artistas e teve a proeza de contar até
com bandas mega famosas e que não existiam mais oficialmente, especialmente
reagrupadas para atuar e auxiliar em um esforço para arrecadar recursos para amenizar
a fome em países subdesenvolvidos do continente africano. Ele não era ator e
caiu de paraquedas nessa missão, visto que a ideia inicial fora utilizar o
próprio, Roger Waters no papel.
Desconheço, no entanto, a motivação em não se contratar
um ator de ofício, o que teria sido muito mais salutar. Geldof não deu um vexame
absoluto, visto que as cenas em que atua foram construídas sob uma concepção
que mais aproxima-se do conceito de atuação não exatamente dramatúrgica, ou
seja, como se fossem cenas esparsas em ritmo de videoclip, portanto, ao não
carecer exatamente de técnica da parte de um ator profissional. No entanto, mesmo
com essa liberdade velada, há o exagero em certas cenas, com Geldof
naturalmente a atuar sob a orientação do diretor ou seja, quando Alan Parker
possivelmente cobrou-lhe uma maior ênfase em cenas onde dramatizou-se crises
nervosas da personagem protagonista e nesse quesito, por não ser ator, ele deu
o seu máximo para expressar a raiva e isso foi de fato, em demasia, pois cansa
o espectador, certamente. E nas cenas em que mostra-se catatônico, naturalmente
que foi mais fácil simular um sujeito entorpecido por drogas e carcomido pela
depressão, sentado em frente a um aparelho de TV e a não esboçar nenhuma
reação.
Uma cena
forte, mostra ações nazifascistas, com Geldof a interpretar um líder a
discursar em um comício e comandar pequenos grupos militares a perseguir
pessoas pelas ruas. É praticamente explícita a intenção de retratar tais
ideologias totalitárias como um exemplo de horror a destruir completamente uma
sociedade pautada pelos direitos civis assegurados e ao ir além, a revelar-se
uma completa loucura regressista imbuída do desejo de destruir-se o pacto civilizatório.
Em tais cenas, Geldof até surpreende, pois não comprometeu em sua atuação e
nesse caso, o ideal teria sido contar com um ator profissional por uma questão
de segurança.
Impressionam
algumas cenas, como por exemplo, os estudantes que colocados em fila na linha
de produção de uma fábrica de produtos alimentícios, são triturados como
suínos, para a sua carne tornar-se um produto a ser comercializado. E também o
momento em que na animação, um exército formado por soldados estilizados como
martelos, marcham. A metáfora sobre o poder avassalador do inimigo opressor é
total, com os martelos a mostrar-se praticamente invencíveis, tamanha a sua
força desmesurada. E logicamente que mostra o medo das pessoas ao ser oprimidas
por uma força brutal, com tal poder em serviço de uma ideologia cruel e
sectária.
Sobre a obra
do Pink Floyd, cabe acrescentar um ponto de vista muito pessoal de minha parte,
ou seja, ao contrário da opinião formada por um contingente bem grande, a
realçar-se pessoas que conheceram o trabalho do Pink Floyd exatamente ao final
dos anos setenta e por conta do álbum, "The Wall", eu não acho que este seja um
grande trabalho da banda. E isso tudo, apesar da contundência do mote dessa
obra, como um libelo antiguerra e antifascista, acima de tudo e a atacar os
seus meandros, vide a questão da manipulação da opinião pública e sobretudo, em
torno da massificação de uma educação regressiva a impossibilitar totalmente o
desenvolvimento do pensamento crítico e por conseguinte, a destruição da
individualidade, pelo caminho do condicionamento paradigmático.
No ponto de
vista musical, esse álbum que é duplo, tem pelo menos seis ou sete canções que
são muito boas, eu admito tal fato, entretanto, em minha concepção particular,
esse disco passa longe dos melhores álbuns do Pink Floyd e eu ouso até afirmar
(e que perdoe-me quem pensar em contrário), tratar-se de uma obra menor na
discografia dessa grande banda. Em suma, falo isso, não apenas para cravar a
minha avaliação pessoal, mas como um dado a mais para justificar que o filme,
por extensão, foi bem aceito pelos fãs mais novos da banda e daí ter prosperado
com um sucesso proeminente entre os fãs mais jovens que não conheciam
exatamente a obra mais clássica da banda entre os anos sessenta e setenta,
muito mais contundente sob o ponto de vista artístico, em meu entendimento.
A crítica
dividiu-se na época, por achar o filme pesado e depressivo, na opinião de
alguns jornalistas e contundente pela temática e elogiável pelas animações
fortes, nele contidas. Com o tempo, o filme ganhou um status como “cultuado”, o
que certamente colabora para imortalizá-lo. Na época de sua produção, a ideia
inicial seria mesclar cenas do Pink Floyd ao vivo a executar tal obra ao vivo, mediante
a filmagem de vários shows dessa turnê, ocorridos entre 1980 e 1981, que foram
de fato, devidamente filmados. Isso só não prosperou a contento, por questões técnicas, visto que a
qualidade da captura desses shows não ficou tecnicamente boa o suficiente e
daí, houve uma mudança de plano radical e optou-se por mudar-se o roteiro e
partir para uma encenação fortemente baseada em conceitos alegóricos e
metafóricos.
Não são
todas as músicas do álbum, “The Wall”, utilizadas no filme, mas consta em sua
maioria, sem dúvida. Há também a menção a uma música antiga da banda, “Money”,
cuja letra é declamada como um poema em uma cena ocorrida na sala de aula. A
maioria das canções foi composta por Roger Waters, mas há uma ligeira participação
de David Gilmour como coautor. Simplesmente os outros membros do Pink Floyd,
Richard Wright e Nick Mason, não contribuíram com as composições. Por isso,
Roger Waters praticamente considera tal obra como inteiramente sua, como se
fosse um álbum solo, além do fato dele ter essa peça como uma manifestação pessoal
de sua parte a mostrar o seu repúdio ao nazifascismo, e por conta desse apreço
que sente pela obra, encená-la ao vivo regularmente em seus shows, até os dias
atuais (2019, quando escrevi esta resenha).
Escrito por
Roger Waters, foi produzido por Alan Marshall. Animação por Gerald Scarfe e
direção a cargo de Alan Parker. Foi lançado em maio de 1982.
Houve na época em que foi lançado, um crítico
apressado que assistiu e assinalou tratar-se de um protesto do Pink Floyd em
relação à guerra das Malvinas, onde o Reino Unido enfrentou a Argentina por uma
disputa territorial em torno da ilha citada ao sul do continente sul-americano.
Bem, precipitação total, o que reforça a ideia que o distanciamento histórico outorga
sempre uma análise melhor apurada. Digamos que tal conflito, insípido se visto
hoje em dia, entra no bojo da discussão sobre imperialismo, geopolítica e
interesses estratégicos das superpotências em relação aos países
subdesenvolvidos, certamente, mas The Wall centra o seu esforço em torno do
âmago da questão e não em detalhes.
Bem, sucesso
nas salas de cinema, rapidamente foi todo picotado para ser usado como vídeoclip
de algumas canções em específico, daí ter forjado uma outra visão do público
que acostumou-se a ver apenas trechos do filme, na TV. Rapidamente, em 1983, ganhou a sua versão em
formato VHS e sem dúvida que entrou para a lista das fitas mais alugadas em
locadoras de fitas VHS, nos anos oitenta. A versão em DVD saiu apenas em 1999.
Tal filme foi bastante exibido em cine clubes, notadamente os temáticos a
tratar sobre filmes e documentários a abordar o Rock; “mostras Pink Floyd” em
específico e passou bastante em canais de TV a cabo e mais moderadamente na TV
aberta. Na Internet, é difícil achar-se uma cópia gratuita e na íntegra. Em
fragmentos, é possível assistir-se quase o filme inteiro no YouTube.
Esta resenha foi escrita para fazer parte do livro: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll, em seu volume III, com a leitura disponibilizada a partir da página 286.
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