sábado, 27 de fevereiro de 2021

Filme : Sgtº Pepper's Lonely Hearts Club Band - Por Luiz Domingues

Parecia ser uma receita infalível: músicas dos Beatles a embalar um libreto para narrar uma história em tom de conto infantil, e a contar com astros Pop do momento, tais como Peter Frampton e o trio inglês/australiano, Bee Gees e para completar um elenco de apoio a conter atores e comediantes famosos da TV e mais alguns Rock Stars notórios. Perfeito, deve ter pensado o produtor musical/teatral e cinematográfico, Robert Stigwood ao selar o acordo com os estúdios hollywoodianos e captar o recurso para filmar uma obra chamada: “Sgtº Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, nos idos de 1977 e lançá-lo com bastante promoção em 1978.
E para reforçar tal euforia em torno da esperança de que este deveria ser um grande estouro de bilheteria e quiçá almejar prêmios importantes, e por quê não (?), o próprio Oscar, eis que Stigwood também deve ter ponderado que o recente êxito que obtivera ao produzir o famoso filme: “Saturday Night Fever” (o famigerado: “Os Embalos de Sábado a Noite”), ao consagrar o ator, John Travolta e a sua dancinha Disco, alavancaria ainda mais essa outra empreitada. 
Não foi por acaso que escalou-se o trio dos irmãos Gibb, o grupo Pop, Bee Gees, para atuar como atores em “Sgtº Peppers”, pela evidente observação de que tais artistas haviam estourado com a trilha do filme de John Travolta, recentemente (mais uma vez, na verdade, visto que tal banda já detinha uma carreira longeva e vitoriosa na música).
Peter Frampton, por sua vez, foi um artista com grande bagagem no Rock britânico por ter atuado em duas bandas, o “Herd” e o “Humble Pie”. Tudo bem, o Herd foi uma banda direcionada para adolescentes (mas longe de ser ruim, isso eu atesto) e o Humble Pie, dispensa maiores apresentações, visto ter sido um dos maiores baluartes do Blues-Rock britânico, entre o final dos anos sessenta, até meados dos setenta. A sua carreira solo também iniciara-se nesse campo, mas em surpreendente virada, quando lançou o álbum: “Frampton Comes Alive”, Peter mudou de patamar ao tornar-se um fenômeno Pop, a lotar estádios de futebol. O seu som, mostrava-se igualmente sensacional, apesar do forte apelo popular e o Bee Gees, igualmente, apesar da trilha melosa e muito comercial do filme de John Travolta, tinha uma história respeitável, desde os anos sessenta.
 
Portanto, ao juntar artistas que estavam na crista da onda nesse início de segunda metade dos anos setenta, mas que também desfrutavam de respeito do público mais Rocker, Stigwood igualmente deve ter elucubrado que uniria nichos diferenciados do público, isso sem contar com a obviedade de usar as músicas dos Beatles como argamassa da história, portanto, em sua avaliação, o sucesso seria estrondoso.
Para completar, o roteiro buscou inspiração nas histórias infantis, a usar o recurso do realismo fantástico, como se estivesse a produzir algo como, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (“Willie Wonka and the Chocolate Factory”), misturado com a loucura explícita dos filmes do diretor, Ken Russell (Stigwood foi produtor de Tommy”, não por acaso, um dos maiores delírios oníricos de Russell). E houve ainda o apelo ao humor, nas figuras de comediantes a atuar, tais como : George Burns e Steve Martin; vilões como Donald Pleasence e Frankie Howerd e uma mocinha bem sem graça, na figura de Sandy Farina. Para completar, astros reais do Rock e entre eles: Alice Cooper; Aerosmith; Paul Nicholas e o mega tecladista, Billy Preston, atuam como atores a cantar e tocar, igualmente, além da super banda Funk / Soul, “Earth/Wind and Fire” e da cantora R’n’B, Diane Strainberg. 
Mediante o aproveitamento de muitos ingredientes bons reunidos, seria apenas filmar, lançar e contabilizar os lucros, certo? Todavia, não foi o que ocorreu, pois o filme redundou em retumbante desastre, não apenas pelo ponto de vista artístico mas também em termos comerciais. Por que isso ocorreu? Bem, por múltiplos fatores, eu diria. Primeiro pelo roteiro em si, que adocicou em demasia a história a torná-la tão infantil ao ponto de tornar-se constrangedora, visto que apesar dessa aparência generalizada, não fora dirigida ao público infantil, portanto, um grave erro de avaliação, visto que fatalmente as crianças não gostariam dessa obra; os jovens não identificar-se-iam e o público Rocker, pior ainda, execrariam tal película ao ponto de considerá-la uma afronta à memória dos Beatles.
 
Segundo erro crasso, faltou uma leitura mais apurada sobre o “momentum” da parte de Stigwood, fator imperdoável ao meu ver, visto que ele deveria ter notado que nessa fase, entre 1977 e 1978, evocar o Rock sessentista estava na ordem do dia para gerar-se o efeito contrário do que ele desejou provocar, pois graças ao Movimento Punk que viveu o seu grande apogeu em 1977, o paradigma em voga foi odiar e execrar a Era Hippie, o Rock 1960/1970, a contracultura, cabeludos etc. 
 
Imperdoável, pois Stigwood apenas pensou no sucesso que experimentara com o filme, “Saturday Night Fever” e não parou para perceber que toda aquela cultura “Disco” fora o prenúncio do movimento “Yuppie”, ou seja, este a mostrar-se contrário ao movimento Hippie, e nesse sentido, Travolta fora um antagonista dos Beatles em termos culturais. Portanto, quando o mundo de 1977, polarizou-se entre o John Travolta e Johnny Rotten, o Rock sessentista/setentista foi execrado pelo público entusiasta de ambos ícones em voga.
 
Ora, Stigwood fora empresário do “Cream”, um dos maiores ícones da história do Rock britânico e mundial nos anos sessenta, portanto, alegar que não percebera tal movimentação cultural que inviabilizara o Rock clássico nesse momento de 1977, não poderia convencer ninguém, principalmente a ele mesmo, em síntese, foi um vacilo seu em termos logísticos.
E por fim, o filme depõe contra si mesmo, principalmente pela fragilidade da história, no entanto, ainda mais pela absoluta falta de tarimba para atuar como atores e ainda por cima a viver os protagonistas, no caso de Peter Frampton e os três irmãos Gibb. As cenas em que atuam, são tão constrangedoras que provocam no espectador a dita “vergonha alheia” e uma certa comiseração, inclusive, pois é nítido o quanto eles sofreram para atuar. Vou além (e não quero desdenhar, pois gosto da carreira musical real dos Bee Gees e ainda mais do Peter Frampton), contudo, preciso registrar que se a edição final gera vergonha, imagine as inúmeras tomadas de cena descartadas durante as filmagens. Triste.
 
E o pecado adicional: a pasteurização completa do repertório dos Beatles. Como sugere o título do filme, a história foi montada em torno do LP homônimo, mas houve um farto complemento com canções extraídas de outros discos do quarteto britânico, tão famosos quanto, a tratar-se de “Abbey Road”; “Revolver” e “Let It Be”. O problema, foi que o mundo de 1977 estava com o foco no Punk-Rock aviltante que assolara a Inglaterra ou a moda Disco, que lotava as discotheques norte-americanas e aliás, em todo mundo, incluso o Brasil. 
 
Stigwood estava com a sua mente focada no sucesso dos Bee Gees em “Saturday Night Fever” e assim, os arranjos foram calcados em tal sonoridade (ao final da resenha, eu revelo quem assinou os arranjos), e claro, atenuados para não ficar tão acintoso, mas o suficiente para gerar a ojeriza aos ouvidos Rockers e beatlemaníacos mais sensíveis. Nesses termos, é claro que não é mal tocado, e pelo contrário, trata-se de uma trilha bem produzida e executada em estúdio, contudo, desaponta e muito. A própria Disco Music em si, tratava-se de uma degeneração da Black Music de uma maneira geral. Ao misturar a Soul Music/R’n’B e Funk (o verdadeiro), com a ultra pasteurização Pop e comercial, gerou-se esse ritmo derivado, mediante o uso cafona de orquestrações. No caso dessa trilha em específico, houve uma atenuante, como já comentei e até é possível suportar, principalmente para quem toca ou gosta de ouvir as linhas de baixo, pois independente da Disco Music ser comercial ao extremo, a raiz da Black Music tradicional fez com que o baixo ganhasse destaque e assim, não posso negar que a atuação do baixista que gravou, é muito boa. 
E como uma segunda atenuante, há por destacar-se que é claro que os Bee Gees tocam e cantam bem: Peter Frampton, nem se fale e os demais convidados, idem, a destacar-se Aerosmith, Paul Nicholas, Alice Cooper, Diane Strainberg, Billy Preston e o Earth/Wind and Fire. No caso do Aerosmith, a sua versão para “Come Togheter” ficou tão marcante que tal canção passou a figurar em seus shows reais. Alice Cooper a interpretar, “Because”, é hilário, visto que transformou a canção em um tema macabro, a reforçar-se com a sua interpretação como ator, que lembrou cenas dos filmes de terror de Roger Corman. O mesmo em relação ao Earth / Wind and Fire que interpretou : “Got to Get You Into My Life” (esta do LP “Revolver” dos Beatles) e em seu caso, dentro da sua zona de conforto com uma interpretação ao estilo, “Soul Music” para um tema que os Beatles trataram da mesma forma em sua gravação original. E a atuação da cantora, Diane Strainberg, que era uma cantora com qualidade no mundo do R’n’B Pop norte-americano.
E sobre a história? Bem, eis que um narrador, “Mr Kite” (personagem da canção: The Benefit of Mr. Kite”), interpretado pelo ator, que já era bem veterano na ocasião, George Burns, explica ao espectador que em uma cidade remota chamada, “Heartland”, houve uma bandinha de coreto denominada: Sgtº Pepper’s Lonely Hearts Club Band, que costumava tocar no início do século XX e  alegrava a sua comunidade reunida na praça central da localidade. Tal costume no entanto fora interrompido quando o seu líder veio a falecer por volta de 1958 e os instrumentos foram recolhidos no sótão e devidamente protegidos por um cata-vento que tem o formato de um músico a tocar trompete. Tantos os instrumentos, quanto o cata-vento, conteriam “poderes mágicos”. 
Um dia, o neto desse líder musical, chamado, “Billy Shears” (personagem recorrente, citado na canção Sgtº Pepper’s e alvo de muitas especulações em tom de lenda urbana no universo Beatle), interpretado por Peter Frampton, resolve reformular a banda com três amigos, os irmãos Henderson (Bob; Mark e Bob, interpretados pelos irmãos Gibb, Barry, Robin e Maurice). 
O irmão de Billy Shears, Dougie Shears, interpretado pelo ator e cantor, Paul Nicholas, é o empresário da banda. A banda canta os primeiros números correspondentes ao álbum dos Beatles no coreto e o público na praça, delira. 
 
Eis que um empresário vilão, “BD Hoffler/ Blockhurst, os contrata mediante promessas estratosféricas e eles vão para Los Angeles a fim de buscar tal fama. São ludibriados mediante a sedução da parte da cantora da banda “Diamonds”, chamada:  Lucy, que foi interpretada por Diane Strainberg (Lucy... Diamonds... faltou o Sky...), a cantar maliciosamente a canção: “I Want You” (She’s so Heavy), e assim, entorpecidos pela ingestão de álcool, drogas e sevícias sexuais, os rapazes assinam um contrato leonino que obriga-os a trabalhar muito, ganhar pouco e pasmem, cultivar o hábito do histrionismo como uma obrigação.
Para piorar as coisas, Billy Shears deixara a sua doce namorada, “Strawberry Fields” (creio não ser preciso explicar de onde veio a inspiração, para tal apelido estrambótico), em “Heartland" e agora a ficar famoso, engatara namoro com a insinuante Lucy (Diane Strainberg). Bem, não poderia faltar o triângulo amoroso folhetinesco, óbvio.
Enquanto isso, o vilão, “Mr. Mustard”, cujo nome é mais uma inspiração em música dos Beatles (“Mean Mr Mustard”), naturalmente (interpretado por Frank Howerd), com o apoio de seu assistente, Brute (interpretado por Carel Struycken), deseja roubar os instrumentos mágicos da bandinha original, a pedido de um misterioso solicitante identificado com a sigla : FVB. Tal personagem, Mustard, é bastante caricato, a lembrar vilões ridículos de programas infantis toscos, ainda mais pelo uso de efeitos, que já na época do filme eram muito ultrapassados, dignos de filmes japoneses de ficção científica dos anos cinquenta, digamos assim. 
Eis que a namorada de Billy Shears, Strawberry Fields, alerta o seu namorado e os seus companheiros, para que todos saiam em perseguição ao vilão, a fim de recuperar os instrumentos. Vão parar em um consultório dentário comandado por um dentista louco, Maxwell Edison (alusão direta à canção que ele canta: “Maxwell Silver Hammer”), onde é até engraçada a atuação tresloucada do comediante, ainda mais pelas lutas ridículas encenadas com o pessoal da banda, a lembrar a canastrice infantil dos Trapalhões (com muito respeito à Didi; Dedé; Mussum & Zacarias). E a seguir, mais engraçado ainda é ver o Alice Cooper a viver o “Father Sun” (alusão à canção “Sun King”), líder inescrupuloso de uma seita maluca, a cantar (na verdade a declamar), “Because”, nas circunstâncias em que já descrevi, e essa cena praticamente salva o filme do desastre total, mas na realidade, isso é muito pouco, infelizmente.
Bem, a história ainda não fechou. Faltou recuperar o bumbo da bandinha de coreto e nesse meio tempo, mais dois vilões paralelos, Dougie Sheers e Lucy, tornam-se amantes e sócios do mal e assim, roubam o dinheiro da banda. Desolados, eles assistem um show do Earth/Wind and Fire e a produção do palco dessa banda era tão histriônica, normalmente na vida real, que os seus excessos no filme, nem causam espanto em meio a tanta bobagem que esta produção preconizou. Eis que a turma de Maurice White entra em cena a sucumbir de sarcófagos egípcios, por exemplo. O outro vilão, Mr. Mustard reaparece e desta feita sequestra, Strawberry, por quem apaixonara-se. 
 
Nesta altura, se o espectador tiver menos de dez anos de idade, estará plenamente convencido de que já assistiu filmes de aventuras, muito melhores e se tiver mais do que isso, ficará bastante arrependido em ter suportado assistir até aqui, mas infelizmente, vem mais idiotices até o seu desfecho. E para um Rocker e fã dos Beatles, então, a vontade é execrar todo mundo que envolveu-se nessa produção equivocada, porém, vou em frente para fechar esta resenha com dignidade.
O vilão dirige a sua van supostamente tecnológica (efeitos deveras simplórios, devo observar, visto que mais parecem recursos usados em seriados de TV dos anos cinquenta, bem em clima de produção classe Z), em direção à sede de seu cliente, o misterioso FVB. Na verdade, tal sigla quer dizer: “Future Villain Band”, e trata-se do Aerosmith a interpretar uma banda formada por bandidos. Bem, eles cantam, “Come Togheter”, como já disse anteriormente, e o cúmulo dessa cena é que forçam a doce, “Strawberry”, a tornar-se uma groupie da banda e de forma sádica, amarram os componentes da banda rival, Sgtº Pepper’s, incluso o namorado, Billy Shears, só para que sejam forçados a assistir tal degradação da mocinha. Ridículo, em suma. Tudo acaba em uma briga homérica, que é bastante constrangedora enquanto ação dramatúrgica e a garota morre.
Bem, derrota total, a cidade de Heartland organiza um funeral para a moça e Billy Shears entra em depressão total, quando chega ao ponto em que resolve dar cabo de sua própria vida, ao pular do telhado de uma casa, Eis que a figura mágica do trompetista em formato de cata-vento, ganha forma humana e mediante poderes mágicos, vemos o personagem: “Magic Whater Vane” (interpretado por Billy Preston, a cantar, “Get Back”), literalmente o cata-vento, a lançar raios ridículos, como forma de energia poderosa ao estilo de seriados de super heróis, mas com uma resolução visual tosca, muito longe dos filmes da Marvel dos dias atuais (2020), portanto, mais a assemelhar-se aos seriados setentistas como: “Wonder Woman”, “Hulk” (do Lou Ferrigno e Bill Bixby) e outros, ou seja, é risível. 
Entre outras ações mágicas, a mocinha, Strawberry, ressuscita, Billy Sheers é salvo da morte certa e os vilões, são todos derrotados, porém devidamente regenerados, ou seja, mais piegas, impossível. Alegria total, a praça da cidade é tomada por uma multidão para cantar o tema final e aí, uma surpresa boa para atenuar a ruindade dessa produção, pois são inúmeros rostos conhecidos, alguns até inacreditáveis. Trata-se de uma série de músicos e cantores do mundo do Rock, Blues, Soul Music, R’n’B e até bandas inteiras representadas a tentar simular a capa original do LP dos Beatles homônimo ao filme. Se isso foi para fazer uma média com a comunidade Rocker, não pode ser encarado no entanto como a salvação de um desastre, porém, apenas veio para amenizá-lo.
 
Finito, filme que não agradou ninguém, certamente e pelo contrário, gerou o desconforto para os envolvidos, na medida em que por muitos anos, dali em diante, os obrigou a justificar por inúmeras vezes tal deslize cometido em suas respectivas carreiras. Foi um fracasso financeiro; destruído pela crítica cinematográfica e também pela musical. Odiado pelos fãs dos Beatles; desprezado pelos Rockers e nem mesmo os fãs dos Bee Gees na ocasião (e não pela carreira pregressa do trio), absorveu, visto que preferiam naturalmente muito mais apreciar as canções que eles cantaram no filme de John Travolta.
DVD para a aquisição, receio que só em versão internacional, sem legendas em português. Na TV aberta, passou poucas vezes, no início dos anos 1980 e muitos anos depois, poucas vezes nos canais da TV a cabo. Na Internet, só existe fragmentos de cenas e uma versão integral, só encontrei uma, de origem polonesa, com imagens provavelmente capturadas e armazenadas de uma fita VHS. É precário, portanto, e com legendas em polonês, ou seja, é preciso entender tal idioma ou guiar-se pelo som original em inglês. 
Foi dirigido por Michael Schultz; escrito por Henry Edwards e produzido por Robert Stigwood. Por incrível que pareça, o produtor musical oficial dos Beatles, George Martin, assinou a produção musical da trilha sonora deste filme, ao embasar um desatino. Pior ainda que isso, foi a desastrada fala proferida por Robin Gibb, dos Bee Gees, que antes do filme ser lançado, veio a público e declarou que em absoluto seria uma volta dos Beatles com uma formação inteiramente nova, ou seja, ele perdeu uma oportunidade de ouro para ficar quieto, mesmo que eu tenha certeza de que não o fez por mal, contudo por ter sido ingênuo. O roteiro foi inspirado levemente por uma peça teatral com o mesmo mote e título, que Stigwood produzira no circuito Off Braodway, em 1974, mas certamente que no filme, exageraram; deturparam e abusaram em todos os sentidos para tornar essa história, algo praticamente imperdoável.
 
Esta resenha faz parte do livro: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll", e está disponível para a leitura através de seu volume II, a partir da página 131

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