Vivemos uma época onde cada vez mais pessoas conscientizam-se de que em meio a um planeta habitado por mais de sete bilhões de pessoas, é inviável conviver com o desperdício. Pois através de novas formas para estabelecer a rotina em prol da reciclagem de lixo; obtenção de energia e economia dos recursos naturais, surge a cada dia, ao dar-nos novas perspectivas aceitáveis em termos de sustentabilidade. E assim, uma atividade que vem a chamar a atenção pela criatividade e sobretudo pela simplicidade, veio do interior de São Paulo, especificamente da cidade de Barretos, ao norte do estado.
Um pequeno empresário local, chamado, Flaustino de Paula, criou um método eficiente para utilizar o lixo orgânico doméstico e proveniente de bares; restaurantes e lanchonetes, para transformá-lo em tijolos e / ou fertilizantes agrícolas. Nesse método, todo o lixo coletado é esmagado em uma espécie de reator, até tornar-se uma massa disforme. Após ser secado, ela é triturada até transformar-se em pó. Após esse processo, toma um banho com dois reagentes químicos que trata em eliminar todos os agentes contaminadores, bactérias etc.
Esses reagentes tem fórmulas registradas e atestadas em sua eficácia, pela UNESP, a Universidade Estadual de São Paulo. Flaustino as mantém secretas, por segurança contra a espionagem industrial. Usado para a agricultura, o pó contém cálcio e também um corretivo para controlar a acidez do solo, comprovada por estudos agrônomos. Com tal substância, tem a consistência necessária para formar tijolos mais firmes do que os tradicionais, segundo estudos realizados.
Por enquanto, a empresa está a atender particulares, mas a meta de Flaustino é ter como clientela, o maior número de prefeituras, interessadas em estabelecer parcerias no processo de coleta de lixo, com o seu método de reciclagem. Essa ideia é sensacional, pois abre um caminho para resolver a questão dos aterros sanitários, verdadeiros depósitos de lixo insalubres, a revelar-se como criadouro de insetos; ratos e urubus, além da questão da contaminação do lençol freático; o comprometimento do solo; vegetação e proliferação de doenças. Com um pouco de vontade política, essa importante parceria pode revolucionar a questão da coleta e destinação do lixo orgânico, ao promover higiene, bem-estar e gerar lucros, além da eliminação do desperdício.
Matéria publicada inicialmente no Blog Planet Polêmica e republicada posteriormente no Blog Pedro da Veiga, ambas em 2013
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