Nova Terra ? - Por Luiz Domingues

A Nasa divulgou recentemente, novidades alvissareiras no tocante às suas novas descobertas. São novos planetas catalogados, com forte indício em conter água entre os seus componentes, além de novas estrelas, com potencial igual ou maior que o nosso Sol, que foram descobertos e anunciados em pronunciamentos oficiais. 

Foram descobertos mais de quinhentos planetas sob tais condições, nos últimos tempos e o que mais chamou a atenção dos cientistas, foi batizado como : "Kepler 22-B". Ele tem o seu raio calculado sob uma margem aproximada em torno de 2,4 vezes o tamanho da nossa Terra e está distante de nós, em seiscentos anos-luz. Já a agência europeia, ESO (Observatório Austral Europeu), anunciou mais cinquenta e cinco planetas com esse mesmo potencial, sendo que um deles, batizado como : HD85512B, tem 3,6 vezes o tamanho do nosso planeta Terra e temperatura média entre trinta e cinquenta 50 graus centígrados (para quem gosta de um calor para bronzear-se...). Obviamente que se existe água, potencialmente pode-se esperar a existência de vida, nem que seja de forma unicelular. Isso por si só, já denota um extraordinário avanço nas relações públicas entre os cientistas e o cidadão comum, haja vista a monolítica predisposição adotada até hoje pela ciência, de comum acordo com os governos e suas respectivas representações militares, para esconder a todo custo, toda a informação sobre essas descobertas, sob o desgastado conceito de que assim evitariam agitações sociais, pânico e outras consequências.

Isso não é novidade na história da humanidade. Basta recordarmos de um passado não muito distante, ou seja, o final da Idade Média, onde a Igreja conduzia o monopólio da informação com mão de ferro, através da famigerada, "Santa Inquisição" e na blindagem de seu Índex. Entre outras ocorrências, custou para admitir-se que o nosso planeta seria redondo, e que girava em torno do Sol e não o contrário etc.

A negação veemente de vida inteligente em outros planetas é outro paradigma que está no limiar de seus estertores. Isso, naturalmente, balançará paradigmas dogmáticos principalmente das grandes religiões monoteístas do planeta e portanto, existem grupos que resistem com todas as suas forças para que tais novidades não venham à tona. Contudo, tal como uma represa hidrelétrica que está prestes a desmoronar, corroída por vazamentos, configura-se como algo insuportável conter tal pressão. Saída mais razoável para quem raciocina obtusamente coadunado com velhas doutrinas, seria enxergar essa possibilidade, não como uma negação de suas convicções sobre uma entidade onipresente e criadora de tudo, mas muito pelo contrário, ao perceber que o dogma potencializa esse conceito.  

Matéria publicada inicialmente no Blog Planet Polêmica, em 2011