Passar o
conhecimento adquirido para os semelhantes não é uma tarefa fácil, como muitas
pessoas pensam. A despeito de haver técnicas muito bem delineadas, que
justificam inclusive a existência de curso superior na área, a pedagogia pode
dar o embasamento, mas na prática, ministrar aula e acima de tudo, ter o poder
de passar a informação aos alunos, ipsis litteris, como a detém em seu íntimo,
não é para qualquer um.
O poder de explanar convincentemente e sobretudo assegurar-se que a informação passada foi plenamente absorvida pelos interlocutores, é praticamente uma ação de cunho artístico, pois senão vejamos: o bom professor é na verdade um ator que tem o poder do carisma, a se revelar como uma condição sine qua non para ter condições de prender a atenção dos seus alunos, e dessa forma assegurar o foco de cada um, ao conteúdo que esteja a ser oferecido.
Não obstante isso, a eloquência é muito importante. Não basta ter carisma para prender a atenção dos alunos, mas é muito importante ter o poder da argumentação, e nesse caso, o professor é um escritor em potencial, por deter um arsenal de informações na ponta da língua a dar-lhe a devida substância. É um músico, igualmente, pois sabe fazer desses elementos, uma composição que soe agradavelmente aos ouvidos. É um artista plástico, pois sabe emocionar ao ilustrar a informação com formas & cores. É um bailarino, pois passa a informação com a devida leveza dos movimentos, a tirar-lhe a carga pesada de um conteúdo por vezes extenso, quiçá enfadonho. É também um cineasta, quando dirige a todos, com absoluto controle da situação.
O poder de explanar convincentemente e sobretudo assegurar-se que a informação passada foi plenamente absorvida pelos interlocutores, é praticamente uma ação de cunho artístico, pois senão vejamos: o bom professor é na verdade um ator que tem o poder do carisma, a se revelar como uma condição sine qua non para ter condições de prender a atenção dos seus alunos, e dessa forma assegurar o foco de cada um, ao conteúdo que esteja a ser oferecido.
Não obstante isso, a eloquência é muito importante. Não basta ter carisma para prender a atenção dos alunos, mas é muito importante ter o poder da argumentação, e nesse caso, o professor é um escritor em potencial, por deter um arsenal de informações na ponta da língua a dar-lhe a devida substância. É um músico, igualmente, pois sabe fazer desses elementos, uma composição que soe agradavelmente aos ouvidos. É um artista plástico, pois sabe emocionar ao ilustrar a informação com formas & cores. É um bailarino, pois passa a informação com a devida leveza dos movimentos, a tirar-lhe a carga pesada de um conteúdo por vezes extenso, quiçá enfadonho. É também um cineasta, quando dirige a todos, com absoluto controle da situação.
Nem todo bom
aluno consegue tornar-se um bom professor. Existem pessoas com incrível
capacidade para armazenar conhecimento, mas sem o mínimo talento para repassar
tais informações aos demais. Pode sobrar-lhe conteúdo acumulado, mas falta-lhe
todas as condições que elenquei acima, para fazer com que torne-se um bom professor.
Muitas vezes existe a boa vontade, mas falta o detalhe, a condição nata, que
não aprende-se em cursos preparatórios. Portanto, não basta querer ser
professor e estudar com afinco, a visar tal qualificação.
Sem nenhuma
intenção de politizar esta matéria, mas não posso deixar de mencionar: triste o
país que não valoriza a figura do professor, não oferecendo-lhe um salário
digno e pela importância que tal função tem na sociedade, digno é pouco, pois
um bom professor merece ganhar mais que o mínimo necessário para a sua subsistência,
mas na verdade, merece ganhar muito bem.
E o contraponto, notadamente visto em países de terceiro mundo, além da baixa remuneração e das péssimas condições de trabalho, o que geralmente “ganham” de governos reacionários da pior espécie é o reforço de borrachas, não as que apagam anotações em cadernos escolares, mas a aspereza das borrachadas dos cassetetes perpetrados pelas milícias que servem-lhes.
E o contraponto, notadamente visto em países de terceiro mundo, além da baixa remuneração e das péssimas condições de trabalho, o que geralmente “ganham” de governos reacionários da pior espécie é o reforço de borrachas, não as que apagam anotações em cadernos escolares, mas a aspereza das borrachadas dos cassetetes perpetrados pelas milícias que servem-lhes.
Excelente texto!
ResponderExcluirGrato, meu amigo !
ExcluirAbração, José Reis !!
Bom dia, Luiz! Emocionada, em plena manhã de quarta-feira! Texto belíssimo! UM dos mais lindos que já li. SE me permite, irei compartilhar com os amigos que, assim como eu, abraçaram tão nobre profissão. Ser professor, no Brasil, é missão das mais árduas. E trabalhar na Rede Estadual do Rio de Janeiro, é Karma dobrado...RS. Ser professor é professar a fé, na esperança de dias melhores . É acreditar na valorização e respeito que tardam a chegar... no reconhecimento que não é expressado...Mas,sou brasileira! Não desisto nunca!!!! GRATIDÃO, AMIGO! GRATIDÃO!!! Texto emocionante e poético, que ficará guardado principalmente em meu coração... Beijos
ResponderExcluirFico imensamente feliz por saber que gostou desse texto. É de fato uma crônica em forma de ode a essa profissão bela e fundamental para fazer a sociedade evoluir, mas também um desabafo ante os desmandos das autoridades que não valorizam-na como seria o ideal para qualquer nação que aspira chegar um dia à condição de viver no dito "primeiro mundo". Se repassar aos seus colegas, será uma honra e um grande favor, no sentido da divulgação de meu Blog e acima de tudo, como forma de fazer tal sentimento espalhar-se na sociedade, fazendo com que mais pessoas pressionem as autoridades a tratar a questão da educação com a seriedade que almejamos.
ExcluirParabéns pela sua escolha e luta para ser uma professora e sobretudo pela perseverança, mesmo tão vilipendiada por ações governamentais lastimáveis.
Grato pelos elogios !!
Beijo, professora Tânia !!