No próprio prefácio da obra, o autor menciona que
em linhas gerais, o gênero da ficção científica não é muito apreciado no
Brasil, em termos literários.
Quando eu li essa observação, de pronto concordei com a menção, mas ao mesmo tempo, pensei que o problema talvez não fosse o gênero em si, dado o apreço que a juventude brasileira nutre pelos filmes, seriados de TV, games e pelo universo das histórias em quadrinhos, onde o estilo Sci-Fi é predominante. Portanto, elucubrei que a dificuldade maior talvez resida no fato de que a leitura não seja um hábito cultivado pelo povo brasileiro, desde sempre, em decorrência das nossas mazelas estruturais terceiro-mundistas e com forte incidência no campo da educação, ou melhor a explicar-me, a sua recorrente falta.
Bem, reflexão sobre cultura e educação a parte, o que importa aqui é dizer que o livro, “Conspiração Andron”, é uma peça que tem o gênero Sci-Fi como mote, mas vai além, bem além, aliás, pois consegue agregar em sua trama, muitos outros gêneros misturados e muito bem alinhavados por sinal, ao passar pelas teorias da conspiração, meandros dos segredos governamentais no âmbito da militaria, a salvaguardar a geopolítica internacional, uma boa dose de espionagem ao estilo da literatura de Ian Fleming e congêneres, e drama, com doses de romance folhetinesco, mas sob uma dose sutil, certamente, neste último aspecto citado.
E igualmente contém o espírito da aventura com toques de mistério, permeada por chaves muito bem pensadas a conferir o elemento dos enigmas sepulcrais ao estilo de Indiana Jones e certamente a resvalar em Dan Brown. Em suma, trata-se de uma obra de ficção completa, capaz de prender a atenção do leitor, principalmente por dois aspectos:
1) Por ser eletrizante e suscitar a curiosidade sagaz do leitor e;
Quando eu li essa observação, de pronto concordei com a menção, mas ao mesmo tempo, pensei que o problema talvez não fosse o gênero em si, dado o apreço que a juventude brasileira nutre pelos filmes, seriados de TV, games e pelo universo das histórias em quadrinhos, onde o estilo Sci-Fi é predominante. Portanto, elucubrei que a dificuldade maior talvez resida no fato de que a leitura não seja um hábito cultivado pelo povo brasileiro, desde sempre, em decorrência das nossas mazelas estruturais terceiro-mundistas e com forte incidência no campo da educação, ou melhor a explicar-me, a sua recorrente falta.
Bem, reflexão sobre cultura e educação a parte, o que importa aqui é dizer que o livro, “Conspiração Andron”, é uma peça que tem o gênero Sci-Fi como mote, mas vai além, bem além, aliás, pois consegue agregar em sua trama, muitos outros gêneros misturados e muito bem alinhavados por sinal, ao passar pelas teorias da conspiração, meandros dos segredos governamentais no âmbito da militaria, a salvaguardar a geopolítica internacional, uma boa dose de espionagem ao estilo da literatura de Ian Fleming e congêneres, e drama, com doses de romance folhetinesco, mas sob uma dose sutil, certamente, neste último aspecto citado.
E igualmente contém o espírito da aventura com toques de mistério, permeada por chaves muito bem pensadas a conferir o elemento dos enigmas sepulcrais ao estilo de Indiana Jones e certamente a resvalar em Dan Brown. Em suma, trata-se de uma obra de ficção completa, capaz de prender a atenção do leitor, principalmente por dois aspectos:
1) Por ser eletrizante e suscitar a curiosidade sagaz do leitor e;
2) Por conter muitas
chaves e daí forçar o leitor a prestar atenção aos detalhes (portanto, sob tal particularidade,
ao acrescentar o gênero da literatura policial, mais um mérito da obra).
Sobre as citações,
muitas delas são feitas em latim e é desse próprio idioma, que surgiu o título,
visto que a palavra, “Andron”, significa “corredor” (ou passagem), na antiga
língua usada no Império Romano.
A história baseia-se em torno do chamado, “Projeto Andron”, em questão, que é um experimento científico desenvolvido por renomados físicos em torno de um equipamento capaz de abrir um portal através do tempo & espaço e fazer com que pessoas e/ou objetos possam ser transportados de uma localidade a outra em fração de segundos, ou seja, uma possibilidade que poderia revolucionar a evolução da humanidade, desde que não fosse usurpada por interesses escusos.
Evidentemente que a cúpula governamental e militar tomou a ideia como algo a ser usado com todo o cuidado e já a projetar o seu uso em termos bélicos, tomou o controle total de seu desenvolvimento. E na contrapartida, forças opositoras ameaçam apoderar-se do experimento, naturalmente.
A história baseia-se em torno do chamado, “Projeto Andron”, em questão, que é um experimento científico desenvolvido por renomados físicos em torno de um equipamento capaz de abrir um portal através do tempo & espaço e fazer com que pessoas e/ou objetos possam ser transportados de uma localidade a outra em fração de segundos, ou seja, uma possibilidade que poderia revolucionar a evolução da humanidade, desde que não fosse usurpada por interesses escusos.
Evidentemente que a cúpula governamental e militar tomou a ideia como algo a ser usado com todo o cuidado e já a projetar o seu uso em termos bélicos, tomou o controle total de seu desenvolvimento. E na contrapartida, forças opositoras ameaçam apoderar-se do experimento, naturalmente.
É nesse cenário que a
trama desenvolve-se, a envolver personagens que lidam diretamente com o projeto,
instalado secretamente em uma localidade remota, em meio a canyons, mediante a aridez
do deserto do Novo México, nos Estados Unidos.
É o caso do cientista, Paul Judd, sobrinho de um cientista agraciado com o prêmio Nobel de física (Dr. Robert Henderson), que leva adiante o legado de seu tio, em torno de tal teoria que ele desenvolvera. No entanto, a trajetória de Paul conturba-se sobremaneira por conta de diversos fatores, inclusive de ordem pessoal a envolver a sua namorada, Christine Murray. Daí em diante, uma trama espetacular a suceder diversos acontecimentos em torno das ações de espionagem, ocorre, com muitas viradas na história, muito bem engendradas pelo autor, por sinal, ao manter o suspense e a desconfiança do personagem central, em torno das pessoas com as quais envolve-se, inclusive a sua namorada, Christine e cuja particularidade misteriosa em si, não posso revelar para não tirar o prazer da primeira leitura de quem ainda não teve tal oportunidade. O que posso adiantar, apenas, é que as aparências e intenções, sobretudo, enganam e na realidade, Paul Judd não pode confiar em ninguém, a grosso modo e por isso, corre risco de vida, o tempo todo.
É o caso do cientista, Paul Judd, sobrinho de um cientista agraciado com o prêmio Nobel de física (Dr. Robert Henderson), que leva adiante o legado de seu tio, em torno de tal teoria que ele desenvolvera. No entanto, a trajetória de Paul conturba-se sobremaneira por conta de diversos fatores, inclusive de ordem pessoal a envolver a sua namorada, Christine Murray. Daí em diante, uma trama espetacular a suceder diversos acontecimentos em torno das ações de espionagem, ocorre, com muitas viradas na história, muito bem engendradas pelo autor, por sinal, ao manter o suspense e a desconfiança do personagem central, em torno das pessoas com as quais envolve-se, inclusive a sua namorada, Christine e cuja particularidade misteriosa em si, não posso revelar para não tirar o prazer da primeira leitura de quem ainda não teve tal oportunidade. O que posso adiantar, apenas, é que as aparências e intenções, sobretudo, enganam e na realidade, Paul Judd não pode confiar em ninguém, a grosso modo e por isso, corre risco de vida, o tempo todo.
Sobre mais um outro mérito da obra,
há saltos temporais muito bem planejados a dar sustentação às chaves propostas
e isso logicamente ajuda a prender a atenção do leitor, sem dúvida.
Mais um ponto interessante, Áureo Alessandri Neto deixou claro em seu prefácio que é fã de alguns escritores significativos e entre eles, JJ Benítez. Pois tal influência do famoso escritor espanhol que escreve ficção como se fosse realidade e sucinta a crença ao leitor, de que o que escreve não é uma mera história inventada mas um relato real, eis que o autor conseguiu imprimir igualmente em sua obra, tal intento. Por ser engenheiro em sua formação e um apaixonado por literatura Sci-Fi, Áureo usou várias referências científicas e escreveu de uma forma a conferir credibilidade, portanto o leitor empolga-se também por esse aspecto, por sentir que não trata-se de uma fantasia a esmo, mas por ser induzido a crer no que lê, como se fosse a realidade, ou seja uma marca nos livros de Benítez, igualmente, portanto, a sua influência confessa a expressar-se. E mais um ponto importante, tudo isso é feito com linguagem coloquial, sem rebuscamento, portanto, apesar de usar termos científicos e também recorrer aos aforismos em latim, Áureo escreveu de uma forma muito elegante, porém acessível ao grande público.
Mais um ponto interessante, Áureo Alessandri Neto deixou claro em seu prefácio que é fã de alguns escritores significativos e entre eles, JJ Benítez. Pois tal influência do famoso escritor espanhol que escreve ficção como se fosse realidade e sucinta a crença ao leitor, de que o que escreve não é uma mera história inventada mas um relato real, eis que o autor conseguiu imprimir igualmente em sua obra, tal intento. Por ser engenheiro em sua formação e um apaixonado por literatura Sci-Fi, Áureo usou várias referências científicas e escreveu de uma forma a conferir credibilidade, portanto o leitor empolga-se também por esse aspecto, por sentir que não trata-se de uma fantasia a esmo, mas por ser induzido a crer no que lê, como se fosse a realidade, ou seja uma marca nos livros de Benítez, igualmente, portanto, a sua influência confessa a expressar-se. E mais um ponto importante, tudo isso é feito com linguagem coloquial, sem rebuscamento, portanto, apesar de usar termos científicos e também recorrer aos aforismos em latim, Áureo escreveu de uma forma muito elegante, porém acessível ao grande público.
Mais um aspecto que
impressionou-me positivamente, foi o senso das reviravoltas na história que
o autor criou em seu romance. A usar de técnica literária, o seu roteiro foi muito bem
elaborado a garantir a emoção, do começo ao final. Mais uma nuance, os capítulos
são curtos ao induzir o leitor a nutrir a curiosidade para avançar mais e mais,
e assim configurar uma estratégia perfeita para manter o ritmo frenético do
desenvolvimento da trama. Trata-se de uma obra
que facilmente poderia ser adaptada como roteiro para o cinema e ouso dizer,
Áureo já o projetou com tal intenção deliberada, ao mostrar-se semi pronto para
ganhar as telas e certamente a resultar em um ótimo filme, com muita ação e
mistério.
Sobre o projeto
gráfico do livro, trata-se de mais um livro muito caprichado para o portfólio da Editora
Chiado, que aliás, notabiliza-se por ser uma editora aberta e incentivadora dos
autores novos na literatura de língua portuguesa.
Sob a arte de Prasad Silva, vê-se uma belíssima ilustração que sugere a ideia do espaço-tempo, o mote da história, sob tons sóbrios, mas muito bonitos a transitar entre o azul e o verde, predominantemente. O lay-out gráfico ficou a cargo de Vera Sousa. Edição de Vitória Scritori e a revisão, providenciada pelo próprio autor, Áureo Alessandri Neto.
Sob a arte de Prasad Silva, vê-se uma belíssima ilustração que sugere a ideia do espaço-tempo, o mote da história, sob tons sóbrios, mas muito bonitos a transitar entre o azul e o verde, predominantemente. O lay-out gráfico ficou a cargo de Vera Sousa. Edição de Vitória Scritori e a revisão, providenciada pelo próprio autor, Áureo Alessandri Neto.
Áureo é um grande
músico, também, e aliás, eu o conheci inicialmente por tal campo de atuação, ao
interagir com ele na cena musical paulista-paulistana-brasileira, ao vê-lo
a atuar como guitarrista; cantor e compositor em bandas tais como: The Blues
Riders e Delta Crucis.
Eu sabia de sua atuação na engenharia em paralelo à carreira artística, sendo um especialista em questões ferroviárias e já o admirava por tais atributos, portanto, quando soube que também revelara-se como um escritor ficcional, fiquei muito feliz por tomar conhecimento de mais uma faceta de sua versatilidade. E quando li a obra, não surpreendi-me inteiramente com a qualidade do texto que criou, pois já sabia de sua potencialidade intelectual e cultural, entretanto, tal leitura só fez aumentar ainda mais a minha admiração pelo artista.
Eu sabia de sua atuação na engenharia em paralelo à carreira artística, sendo um especialista em questões ferroviárias e já o admirava por tais atributos, portanto, quando soube que também revelara-se como um escritor ficcional, fiquei muito feliz por tomar conhecimento de mais uma faceta de sua versatilidade. E quando li a obra, não surpreendi-me inteiramente com a qualidade do texto que criou, pois já sabia de sua potencialidade intelectual e cultural, entretanto, tal leitura só fez aumentar ainda mais a minha admiração pelo artista.
Obra consistente,
muito bem escrita e com diversas qualidades literárias reunidas em um livro só,
eu recomendo a sua leitura, sem dúvida. A obra encontra-se disponível nas boas
casas do ramo, no setor tradicional das lojas físicas; também em alguns portais para venda virtual e no site da editora Chiado:
www.chiadoeditora.com
www.chiadoeditora.com
Barato único....ler a resenha muito bem feita por um brother, de um belo livro feito por outro. Parabéns aos envolvidos. Abrax, Paulinho Heavy/ É Noize💀👊👍
ResponderExcluirSensacional receber uma mensagem tão positiva de um amigo de longa data.
ExcluirDe fato, sobre o livro, trata-se de uma obra muito bem escrita, o Áureo foi muito feliz em sua abordagem, sob todos os pontos de vista, do campo literário.
Grato pelo apoio super bem vindo, "É Noize", sem dúvida alguma !
Amigos queridos !
ExcluirObrigado por sua generosidade sem tamanho !