Como se não bastasse tais fatores, devemos considerar também a questão do calor escaldante. Muito comenta-se sobre o aquecimento global via camada de ozônio e nesses termos, fenômenos naturais como o assustador, "El Niño", por exemplo, embora algumas correntes da ciência discordem e acusem certos colegas em cometer o ato do exageêro nessa perspectiva, para favorecer certos governantes que lucrariam com tal ideia a ser disseminada (neste caso, correntes que negam tal perspectiva também pode ser mancomunada com outros interesses escusos). Como leigo da ciência e cidadão comum, portanto longe da realidade dos bastidores da política, não descarto nenhuma hipótese, mas constato pessoalmente : a cada ano, a sensação de calor parece mais forte e o inverno não é mais rigoroso como em décadas passadas, pelo menos onde eu nasci, cresci e moro, a cidade de São Paulo.
Diante de tal quadro, é público e notório que a matemática caminha para o quadro do colapso total e resta-nos apenas saber quando ocorrerá. Campanhas publicitárias governamentais já nem faz efeito mais.
As pessoas parecem não sensibilizar-se com tal questão, por mais tétrica que seja a perspectiva mostrada em tal propaganda e pior, parece achar que os cientistas exageram ou que trata-se de uma mera mentira estrutural, a serviço de alguma teoria conspiratória.
O fato, é que ao pagar a conta da água, o cidadão comum pensa que a tarifa é alta por uma simples questão de cupidez de lucros (claro que tem um elemento de verdade nisso, também), e ao pagar, sente-se no direito em gastar a água o quanto desejar, de uma forma indiscriminada, como se fosse um bem de consumo oriundo de uma fonte inesgotável.
E não é assim que funciona, infelizmente. O desperdício é total, em todos os setores. É rara a empresa; indústria; comércio ou organização prestadora de serviços que observa um plano de metas para a economia de água, bem estruturado.
O próprio governo, que sabe melhor do que ninguém da real situação, muitas vezes dá um mau exemplo, mesmo que eu reconheça ser quase impossível controlar uma máquina mastodôntica a contar com milhares de funcionários etc. No entanto, "mea culpa, mea maxima culpa"... o cidadão comum pouco colabora com tal questão. Ao pensar constituir-se em uma tarefa prosaica e inútil pela insignificância de seu ato isolado (e oculto), o cidadão tende a considerar que o seu sacrifício pessoal pouco ajuda no cômputo geral e daí, não mensura que outras pessoas possam ter o mesmo raciocínio errado.
Nesse caso, se ao escovar os dentes, eu deixo a torneira aberta, gasto cerca de vinte e cinco litros de água, mas se milhares, quiçá milhões de pessoas, praticar o mesmo ato impensado, quantos litros serão desperdiçados ?
Basta dar uma volta pelo bairro em um dia pela manhã e observamos as donas de casa e / ou empregadas domésticas, a empurrar, literalmente, a sujeira da calçada, mediante o uso de jatos d'água provenientes de uma mangueira. Certo, não sou eu que pagarei a conta ao final do mês dessas pessoas, mas e o desperdício, não afeta-me diretamente ao esvaziar-se as represas ?
Eu sei que esse hábito diminuiu muito nos últimos anos, mas ainda existe muita gente que faz da lavagem do automóvel da família, aos sábados, a sua terapia ocupacional. Em média, são cerca de seiscentos litros d'água jogados na calçada, um verdadeiro absurdo.
Faz calor no Brasil tropical em pleno verão, eu sei. Em algumas regiões do país onde a sensação é uma constante, sentir-se suado e pegajoso o dia inteiro, ao impelir naturalmente que as pessoas busquem tomar mais de um banho por dia. Sabe qual é a média de uso de água, em um banho com quinze minutos de água a escorrer sobre o corpo ? Cento e oitenta litros a esvair-se pelo ralo...
Enfim, os governantes agem mal por muitos motivos; as corporações estão pouco a importar-se para tudo e para todos, somente a pensar em arrancar dinheiro dos consumidores (sim, para eles, não somos pessoas, mas "consumidores"), mas deixo a pergunta : e você ?
O que você realiza em seu cotidiano para colaborar, mesmo que o seu esforço pessoal não seja visível ? Pois é, a água está a findar-se e se não mudarmos os nossos hábitos pessoais rapidamente, passaremos por um sufoco assustador... e vai ocorre em breve.
Excelente tema, apropriadíssimo aos dias atuais!!! Se todos fizessem o minimo...e, nem assim...a situaçao está complicada mesmo e, no nosso país, que embora tenha um dos maioes mananciais de água doce do mundo, nem saneamento básico temos! Compartilho com um alerta...bjs e parabéns mais uma vez...
ResponderExcluirDe fato, Christine, trata-se de um tema atual e do qual não temos escapatória a não ser encará-lo de frente. A água está acabando e não dá mais para conceber uma sociedade onde esse fato não seja objeto de providências urgentes por parte das pessoas, do cidadão comum.
ResponderExcluirPassou do ponto onde se espera sentado só pelas medidas governamentais e é preciso a consciência de que todos devemos colaborar ao máximo.
Muito grato pela atenção e participação na discussão !!
Oi, Luiz
ResponderExcluirHá uns 3 anos, mais ou menos, li numa revista uma entrevista com um ambientalista. Ele dizia que dentro de 10 anos a água da cidade de São Paulo iria acabar. Pois é... já se passaram 3 anos. Parece que a previsão vai acontecer antes dos 10 anos, caso o povo não cooperar.
Eu penso que primeiro deveria começar, de fato, o controle da natalidade. A população tem que diminuir, e temos que encontrar meios de utilizarmos pouca água.
Minhas irmãs têm animais, então, é necessário lavar o quintal, mas elas aproveitam a água usada, quando utilizam a máquina de lavar roupas. A água descartada é jogada num tanque. E, depois, com baldes, elas lavam o quintal.
Não sei se vou viver muito tempo, mas tenho noção de deixar um mundo melhor para os que virão depois de mim.
Abraços!
Oi, Janete !
ExcluirTais previsões como essa que citou, foram retumbantemente ignoradas pelas autoridades comprometidas em atender as expectativas de seus apoiadores políticos nesses anos todos, e nada mais. Essa é a verdade nua e crua.
Agora, diante do colapso inevitável, é contar com a economia maciça da população e torcer para chover, pois nada foi feito para garantir reservas adequadas que fossem compatíveis com a escassez alardeada pelos técnicos e cientistas.
As medidas básicas que o cidadão pode empreender, por você arroladas, são simples e eficazes.
Duro é fazer a maioria entender que isso é crucial...
Muito grato por ler e comentar !!
E vamos economizar !!
Esqueci de dizer : Sua observação sobre o controle de natalidade é perfeita. Ninguém toca nesse assunto por ser polêmico, incomodar as religiões e os reacionários de plantão.
ExcluirMuito provavelmente, quem levantar tal bandeira vai ser metralhado sumariamente pela tropa do politicamente correto, mas o fato é que sete bilhões de seres humanos, é um contingente absurdo para este combalido planetinha...
Uma amiga fez uma tese anos atrás sobre as geleiras que estão derretendo e, com isso, subindo os níveis dos mares. Na época chegou-se à conclusão que em 30 anos não haveria mais água potável no planeta, pois os lagos, rios etc seriam invadidos pela água salgada. É Luiz, se ficar, o bicho pega; se correr, o bicho come... bj
ResponderExcluirOi, Lourdes !
ExcluirFalou tudo !! Quarenta e cinco anos atrás, quando se falavam essas coisas, as pessoas debochavam cinicamente, alegando que eram delírios de Hippies...
Agora o estrago está feito e vivemos num planeta cada vez mais povoado, quente e com recursos hídricos esvaindo-se...
É isso o que observou ao final de seu comentário..."um mato sem cachorro"...
Grato por ler e comentar !!