O Tomada é uma banda que já acumula
uma história bem significativa no panteão do Rock paulista e brasileiro. Em
atividade desde o final dos anos noventa e com vários trabalhos lançados (quatro álbuns
anteriores a este que eu estou a resenhar e um DVD com cunho documentário & biográfico).
Ao reunir uma bela discografia, tal banda possui clips; vídeos ao vivo, um portfólio formatado com muito material, aparições em programas de rádio e TV, muita interação na Internet e o melhor de tudo: fãs de seu trabalho, muitos por sinal.
Ao reunir uma bela discografia, tal banda possui clips; vídeos ao vivo, um portfólio formatado com muito material, aparições em programas de rádio e TV, muita interação na Internet e o melhor de tudo: fãs de seu trabalho, muitos por sinal.
Nesta altura, ao lançar o seu último
trabalho, o CD denominado: “Hoje”, já chegou ao ponto que todo artista sonha
atingir, ou seja, criar uma expectativa generalizada da parte de crítica e
do público em relação ao novo trabalho, antes mesmo de entrar em estúdio e claro que esse é um ponto da carreira que todo artista almeja alcançar. Não foi
gratuito, haja vista que houve muito esforço; luta, estrada percorrida, mudanças de formação e bastante
história gerada até chegar nesse patamar, mas esse dia chegou para a banda e tal
realidade acontece, sugestivamente, “Hoje”.
Madura, experiente e sempre
batalhadora, a banda apresenta um novo álbum permeado por canções com qualidade
e a estabelecer aquela ponte tradicional na trajetória do grupo, no tocante à
perfeita simbiose entre as melhores influências do passado e o pé no presente.
Nesses termos, o Tomada bebe na fonte do Rock sessenta-setentista e soa moderno ao mesmo tempo, falemos em um português claro.
Nesses termos, o Tomada bebe na fonte do Rock sessenta-setentista e soa moderno ao mesmo tempo, falemos em um português claro.
E não aborda o Rock, apenas, visto
que no bojo do trabalho, passeia pelo Blues; R’n’B, Soul Music, Pop e até lança
pitadas saborosas de MPB na sua receita, fora tudo ser feito com bastante consciência
artística, é importante ressaltar-se.
O tecladista, Mateus Schanoski, ao vivo com o Tomada. Foto: Leandro Almeida
O CD “Hoje”, apresenta onze faixas, sendo
que duas dessas canções são releituras muito interessantes, ao estilo daquela maravilhosa MPB setentista, que era
tão comprometida com a contracultura, ao confundir-se com o próprio Rock, por isso o mais
adequado seria denominá-la como uma espécie de Folk-Rock Music ou coisa que o
valha. Sobre as faixas, gostei das canções, dos seus arranjos, letras e o áudio,
em torno de uma gravação muito feliz ao realçar os timbres vintage, ao máximo.
O disco abre com “Terno Branco”, um
belo Rock, a apresentar teclados muito bem colocados pelo ótimo, Mateus Schanoski, um especialista
em timbragens vintage e excelente “piloto de teclas” à moda antiga.
Gostei muito dos timbres de todos os instrumentos, aliás, com um baixo robusto, bateria a soar como bateria (sem o indefectível uso exagerado de reverber, amém!), e guitarras com ótimo “punch”. São solos muito bonitos de slide, devo acrescentar, da parte do excelente guitarrista, Vagner Nascimento.
Backing vocals muito bem colocados e o vocal solo do Ricardo Alpendre, dono da voz oficial da banda, a se mostrar cada vez mais técnico e seguro, em uma evolução notável, pois ao contrário de outros cantores que nascem com talento, mas não buscam aprimoramento, Ricardo, estudou e estuda ainda, portanto, o seu talento nato enriquece-se a cada disco novo do Tomada, visto que o estudo engrandece-o sempre, em progressão contínua. A sua dicção é excelente, fora o poder de emissão, agora aliada à técnica de respiração que aprendeu a usar muito bem e por ser muito firme também no quesito afinação, a torná-lo um cantor ótimo e muito consciente do que faz.
Sobre a canção em si, lembrou-me muitas coisas boas do passado glorioso do Rock brasileiro (O Peso, Bixo da Seda...), e também sobre algumas referências mais modernas. Trata-se de um Rock’n' Roll básico e Pop ao mesmo tempo, com possibilidade para ser radiofônico, tranquilamente.
A respeito da letra, apresenta um enfoque bastante original, enquanto construção poética, ao fugir dos clichês, totalmente. Quase em tom de crônica, elenca imagens em que o uso de um terno branco pode proporcionar, como possibilidades na vida de um homem, não só pela sugestão empírica, como através de metáforas. Ao pensar nessa hipótese, a impressão que o produtor musical, Antonio Celso Barbieri teve dela e expressou em uma rede social com grande repercussão, ajuda o leitor e ouvinte a ter uma ideia dessa riqueza toda. Barbieri disse que tal faixa e a sua evocação, remeteu-o à figura do John Lennon na capa do LP mítico, "Abbey Road", dos Beatles. Perfeita interpretação em termos simbólicos, eu concordo e acrescento o Walter Franco a andar pela São Paulo noturna dos anos setenta, ao ilustrar a capa de seu álbum, "Revolver", com ambos a usar ternos brancos. Ou seja, uma imagem leva à outra.
Gostei muito dos timbres de todos os instrumentos, aliás, com um baixo robusto, bateria a soar como bateria (sem o indefectível uso exagerado de reverber, amém!), e guitarras com ótimo “punch”. São solos muito bonitos de slide, devo acrescentar, da parte do excelente guitarrista, Vagner Nascimento.
Backing vocals muito bem colocados e o vocal solo do Ricardo Alpendre, dono da voz oficial da banda, a se mostrar cada vez mais técnico e seguro, em uma evolução notável, pois ao contrário de outros cantores que nascem com talento, mas não buscam aprimoramento, Ricardo, estudou e estuda ainda, portanto, o seu talento nato enriquece-se a cada disco novo do Tomada, visto que o estudo engrandece-o sempre, em progressão contínua. A sua dicção é excelente, fora o poder de emissão, agora aliada à técnica de respiração que aprendeu a usar muito bem e por ser muito firme também no quesito afinação, a torná-lo um cantor ótimo e muito consciente do que faz.
Sobre a canção em si, lembrou-me muitas coisas boas do passado glorioso do Rock brasileiro (O Peso, Bixo da Seda...), e também sobre algumas referências mais modernas. Trata-se de um Rock’n' Roll básico e Pop ao mesmo tempo, com possibilidade para ser radiofônico, tranquilamente.
A respeito da letra, apresenta um enfoque bastante original, enquanto construção poética, ao fugir dos clichês, totalmente. Quase em tom de crônica, elenca imagens em que o uso de um terno branco pode proporcionar, como possibilidades na vida de um homem, não só pela sugestão empírica, como através de metáforas. Ao pensar nessa hipótese, a impressão que o produtor musical, Antonio Celso Barbieri teve dela e expressou em uma rede social com grande repercussão, ajuda o leitor e ouvinte a ter uma ideia dessa riqueza toda. Barbieri disse que tal faixa e a sua evocação, remeteu-o à figura do John Lennon na capa do LP mítico, "Abbey Road", dos Beatles. Perfeita interpretação em termos simbólicos, eu concordo e acrescento o Walter Franco a andar pela São Paulo noturna dos anos setenta, ao ilustrar a capa de seu álbum, "Revolver", com ambos a usar ternos brancos. Ou seja, uma imagem leva à outra.
Assista acima um vídeo a conter o "making of" da gravação do álbum: Hoje", do Tomada
Link para assistir no You Tube:
“No Turnig Point”, a segunda faixa,
começa com um sensacional piano elétrico. É inevitável não associar ao R’n’B
classudo de Ray Charles, mas a música traz também motivações análogas.
Lembrou-me bastante o Blues-Rock com alto teor Pop do "Back Street Crawler".
Excelente o solo de piano e também o sentido rítmico da base de guitarra, bem
espalhada pelo pan do stereo, algo certamente (bem) planejado na pré-produção
de estúdio.
É muito bom o refrão, também com bastante apelo popular (no bom sentido Rocker da expressão), com potencial para ser cantada em uníssono pelo público em festivais com grande audiência em estádios/arenas etc. Solo de guitarra super melódico, gostei muito e com um belo timbre, diga-se de passagem.
É muito bom o refrão, também com bastante apelo popular (no bom sentido Rocker da expressão), com potencial para ser cantada em uníssono pelo público em festivais com grande audiência em estádios/arenas etc. Solo de guitarra super melódico, gostei muito e com um belo timbre, diga-se de passagem.
O guitarrista, Vagner Nascimento, ao vivo com o Tomada no Centro Cultural São Paulo. Foto: Eduardo Luderer
“Só com a Solidão” começa também com
bastante influência R’n’B, e tem um quê de "Barão Vermelho", com aquela divisão rítmica toda entrecortada. Mais um solo ótimo de piano, desta feita o
tradicional. Gostei do baixo a passear em andantes estratégicos e da bateria
de Fábio Galio ao acompanhar a fragmentação rítmica com muita criatividade, fora as ótimas
intervenções com contra-solos e micro-solos de guitarra.
A seguir, uma releitura muito
agradável. Se a versão original dos anos setenta já agrada-me bastante, essa
versão do Tomada para o clássico blues do Caetano Veloso, "Como 2 e 2", surpreendeu-me muito
positivamente.
Primeiro pela interpretação vocal e visceral de Ricardo Alpendre e sob um arranjo geral, sensacional. A base toda arpejada pela guitarra lembrou-me o clássico, “I’ve Been Loving You Too Long”, de Otis Redding, a firmar uma consistência harmônica, poderosa. O baixo de Pepe Bueno ficou com um timbre espetacular, absolutamente aveludado e encorpado, e sem contar as frases criadas, muito bonitas, sob uma bela construção de linha.
O órgão Hammond suave, a marcar a camada harmônica, ficou ótimo e a bateria com pouco ou nenhum reverber, absolutamente providencial para garantir uma atmosfera de gravação ao padrão da Black Music sessentista. Adorei o timbre do bumbo, magnífico mesmo e tocado com muito bom gosto pelo ótimo baterista, Fábio Galio. E como se não bastasse tudo isso, os backing vocals ficaram sensacionais (Renata "Tata" Martinelli sempre faz a diferença, eu sei bem disso!). É como ouvir um velho disco da Gal Costa, aqueles do tempo bom em que Gal era To-Tal; Fa-Tal, Le-Gal...
Primeiro pela interpretação vocal e visceral de Ricardo Alpendre e sob um arranjo geral, sensacional. A base toda arpejada pela guitarra lembrou-me o clássico, “I’ve Been Loving You Too Long”, de Otis Redding, a firmar uma consistência harmônica, poderosa. O baixo de Pepe Bueno ficou com um timbre espetacular, absolutamente aveludado e encorpado, e sem contar as frases criadas, muito bonitas, sob uma bela construção de linha.
O órgão Hammond suave, a marcar a camada harmônica, ficou ótimo e a bateria com pouco ou nenhum reverber, absolutamente providencial para garantir uma atmosfera de gravação ao padrão da Black Music sessentista. Adorei o timbre do bumbo, magnífico mesmo e tocado com muito bom gosto pelo ótimo baterista, Fábio Galio. E como se não bastasse tudo isso, os backing vocals ficaram sensacionais (Renata "Tata" Martinelli sempre faz a diferença, eu sei bem disso!). É como ouvir um velho disco da Gal Costa, aqueles do tempo bom em que Gal era To-Tal; Fa-Tal, Le-Gal...
O baterista, Fábio Galio, em ação com o Tomada no CCSP. Foto: Eduardo Luderer
“Terra Batida” tem aquela
aproximação saudável com a MPB setentista em que eu aludi no início desta resenha.
Tem a ver também com certos artistas da MPB mais atual igualmente e que buscam essa
conexão perdida, tais como: Lenine e Zeca Baleiro, entre outros.
Esta canção tem uma base muito "swingada", com um ótimo trabalho de guitarra e o acréscimo da percussão, pelo bom músico convidado, Tustão Cunha, foi providencial. Muito bem executada, a percussão trouxe um molho incrível ao arranjo final. Tem esse elemento “Doobie Brothers”, igualmente a reforçar o sentido de um balanço muito bem executado.
Uma parte "C" com uma levada no padrão, R’n’B, é sensacional, por ter oferecido um colorido extra à canção. A sobra do piano ao final, sozinho, foi uma ótima ideia, a garantir a dose de singeleza. Trata-se de uma canção perfeita para ouvir-se na condução de um carro conversível, em meio a uma estrada deserta, e assim a sentindo o cabelo voar e com a sensação de liberdade a permear toda a experiência, é lógico.
Esta canção tem uma base muito "swingada", com um ótimo trabalho de guitarra e o acréscimo da percussão, pelo bom músico convidado, Tustão Cunha, foi providencial. Muito bem executada, a percussão trouxe um molho incrível ao arranjo final. Tem esse elemento “Doobie Brothers”, igualmente a reforçar o sentido de um balanço muito bem executado.
Uma parte "C" com uma levada no padrão, R’n’B, é sensacional, por ter oferecido um colorido extra à canção. A sobra do piano ao final, sozinho, foi uma ótima ideia, a garantir a dose de singeleza. Trata-se de uma canção perfeita para ouvir-se na condução de um carro conversível, em meio a uma estrada deserta, e assim a sentindo o cabelo voar e com a sensação de liberdade a permear toda a experiência, é lógico.
“Hoje”, a canção título do álbum,
lembra o "The Who" logo no início pelo estilo de riff, mas traz outros elementos
retrô, igualmente nobres como referências em seu decorrer. Como por exemplo a presença
de elementos psicodélicos deliciosos. Vocais em staccato, com vozes bem
processadas, teclados a buscartimbres adoráveis e remotos, por evocar o bom e
velho mellotron, uso e abuso de Leslie na guitarra e um contra-solo super processado,
muito interessante. Gostei muito da letra, também.
Veja esse
trecho: “Na corrida, maratonistas tão fora de forma, não é o tempo escasso, é
você que tem prazo, que também vive o prazo, olha que atraso"...
E este: “óbvio, parece óbvio, tão óbvio”...
E este: “óbvio, parece óbvio, tão óbvio”...
Em suma, é uma crítica ácida aos
condicionamentos impostos pela sociedade moderna, mas feita de uma forma tão
sutil, que não agride, não tem ranço panfletário, mas muito pelo contrário, ostenta um
senso poético incomum nos dias atuais. Ponto para o Tomada, mais um aliás.
Eis acima o clip oficial da canção: "Trouxe Flores"
O link para assistir no You Tube é:
“Trouxe Flores”, de certa forma toca
no assunto que bandas midiáticas como "Ira" e "Titãs" trouxeram à baila nos anos oitenta, mas o Tomada de
fato trouxe flores com muito maior contundência. A performance da banda nessa
canção é tão vigorosa quanto delicada, a revelar uma uma simbiose difícil de obter-se, mas a
banda logrou êxito em minha percepção. O refrão é tão Pop quanto o das
respectivas canções das bandas oitentistas que citei, só que aqui o Rock aconteceu,
como se deve.
“5 Am” tem uma leveza e aposta em
harmonia e melodia Pop ao sabor do “R’n’B”, mas apresenta as suas sutilezas. Por exemplo, em
certos trechos da melodia principal, onde foge um pouco do padrão tradicional e
ousa ao buscar escalas não usuais. Tem um ótimo solo de piano, também.
Uma panorâmica do Tomada no palco do CCSP, ao vivo, e com o vocalista, Ricardo Alpendre, em destaque sob foco de luz. Foto: Eduardo Luderer
“Carnaval” começa com uma batucada
de samba, o que não é exatamente uma inovação para uma banda de Rock, mas sempre causa um efeito
surpresa ao ouvinte Rocker tradicional que não conta com isso, habitualmente,
digamos assim. A canção é Pop, e também traz uma linha melódica interessante ao
alternar o refrão no padrão "chiclete" tradicional, para tocar e fazer sucesso radiofônico,
mas ao mesmo tempo em outros trechos há uma passagem com uma métrica nada
usual, portanto, vejo com mérito essa preocupação da banda em misturar
conceitos.
Sobre a letra, trata-se de uma interessante abordagem acerca da questão da inspiração, em princípio a parecer uma letra a evocar o amor homem-mulher, mas a conter implicitamente o efeito da metalinguagem, com o artista a falar de seu próprio processo de criação e propósitos na música.
Sobre a letra, trata-se de uma interessante abordagem acerca da questão da inspiração, em princípio a parecer uma letra a evocar o amor homem-mulher, mas a conter implicitamente o efeito da metalinguagem, com o artista a falar de seu próprio processo de criação e propósitos na música.
Veja este trecho de “Carnaval”:
“Eu
vou pedir para Deus inspiração, pra te fazer declaração, fazer você sentir verão pra te fazer chorar / eu vou querer também explicação se não der certo, não vou
ficar na mão, sou eu quem vou chorar”...
A seguir, vem uma outra releitura, desta
feita: “Ama Teu Vizinho como a Ti Mesmo”, canção emblemática de Sá; Rodrix &
Guarabyra, clássico daquele saboroso Rock Rural dos anos setenta, cheio de contundência
e brilho, marca registrada daquele trio, que o fazia tão bem. E nesta versão do
Tomada, a roupagem ficou sensacional, com uma pegada Rocker inequívoca.
Da esquerda para a direita : Fábio Galio (na bateria ao fundo); Ricardo Alpendre; Pepe Bueno e Vagner Nascimento. Foto : Eduardo Luderer
“Sensação” resgata a sonoridade dos primeiros trabalhos do próprio Tomada, ao garantir o sentido do Boogie Woogie primordial, mas neste caso contém um apelo Pop muito bom. Gostei bastante da harmonia e da melodia principal. Mais uma faixa com potencial Pop e a provar que o Tomada ficou bom em fazer música nesses moldes.
Se fosse em uma época passada, onde a difusão mainstream era um pouco menos egoísta, canções assim estariam a tocar muito nas emissoras de rádio, mas os responsáveis por tal decisão, atualmente, nem cogitam dar chances para bandas de Rock underground, como bem sabemos, uma lástima. Tudo bem, sem resmungar, vamos ouvir “Hoje” que vale muito mais a pena e deixemos as rádios a tocar o seu pastiche anti-musical e deprimente.
“Sensação” resgata a sonoridade dos primeiros trabalhos do próprio Tomada, ao garantir o sentido do Boogie Woogie primordial, mas neste caso contém um apelo Pop muito bom. Gostei bastante da harmonia e da melodia principal. Mais uma faixa com potencial Pop e a provar que o Tomada ficou bom em fazer música nesses moldes.
Se fosse em uma época passada, onde a difusão mainstream era um pouco menos egoísta, canções assim estariam a tocar muito nas emissoras de rádio, mas os responsáveis por tal decisão, atualmente, nem cogitam dar chances para bandas de Rock underground, como bem sabemos, uma lástima. Tudo bem, sem resmungar, vamos ouvir “Hoje” que vale muito mais a pena e deixemos as rádios a tocar o seu pastiche anti-musical e deprimente.
Sobre a capa, gostei bastante da
ilustração. É pura impressão pessoal, mas lembrou-me os filmes do cineasta francês, Jacques
Tatit, bem naquela sugestão meio nonsense do personagem, Monsieur Hulot. Bem criativa a ideia da ilustração do
motociclista a fundir-se com a porta do galpão e a moto ser verdadeira, dentro desse contexto. Também
é interessante os cartazes velhos a conter os nomes da músicas. Neste caso, trata-se de um ótimo trabalho do artista gráfico, Fabio Matta.
Para sintetizar, o Tomada avança ao mostrar amadurecimento, criatividade e força nesse seu novo trabalho. Eu recomendo!
Foi gravado nos estúdios Orra Meu e Musicaria
2 Irmãos e mixado no DaCosta Digital Studio, todos em São Paulo.
O guitarrista das bandas "Flying Chair" e "8080", Claudio “Moco” Costa, foi o técnico de captura e mixagem, além de uma especial atenção na direção das vozes, Houve também a participação do guitarrista, Martin Mendonça (Pitty e "Agridoce"), como coprodutor da mixagem e a representar a banda nesse processo, o baixista Pepe Bueno.
O guitarrista das bandas "Flying Chair" e "8080", Claudio “Moco” Costa, foi o técnico de captura e mixagem, além de uma especial atenção na direção das vozes, Houve também a participação do guitarrista, Martin Mendonça (Pitty e "Agridoce"), como coprodutor da mixagem e a representar a banda nesse processo, o baixista Pepe Bueno.
Técnicos auxiliares: Marcello
Schevano; Gabriel Martini e Fábio Galio.
Capa e encarte (criação; lay-out e
arte-final): Fábio Matta (visite o seu site: bardeideias.com)
Fotos promocionais & ao vivo: Eduardo Luderer
e Leandro Almeida
Selo/distribuição virtual e física: Tratore
Produção executiva: Pepe Bueno
Produção Geral: Tomada
A formação da banda nesse disco:
Pepe Bueno: Baixo e Voz
Ricardo Alpendre: Voz
Vagner Nascimento: Guitarra e Voz
Mateus Schanoski: Teclados e Voz
Fábio Galio: Bateria e Percussão
Músicos convidados:
Marcelo Gross ("Cachorro Grande"): Guitarra em “Hoje”
Renata “Tata” Martinelli: Voz em
“Como 2 e 2” e “Terra Batida”
Tustão Cunha: Percussão em “Terra
Batida”; “Ama Teu Vizinho como a Ti Mesmo” e “Carnaval”
Matéria anterior sobre o Tomada
publicada neste Blog:
O álbum pode ser escutado na íntegra
na plataforma Spotify:
Também na plataforma Deezer:
Contato
direto com a banda:
http://www.tomadarock.com.brTomada. Da esquerda para a direita: Vagner Nascimento; Mateus Schanoski, Ricardo Alpendre, Fábio Galio e Pepe Bueno. Foto: Eduardo Luderer
Muito legal camarada!!!
ResponderExcluirQue legal que apreciou a resenha. Fica fácil quando o álbum é bom...
ExcluirGrande abraço, Bueno !
Muito obrigado.
ResponderExcluirEu que agradeço-lhe ! Parabéns pelo álbum !
ExcluirAbraço !!
Bela resenha para um belo álbum ou, como diria minha vó, "juntou a fome e a vontade de comer!"
ResponderExcluirMaravilha ter sua visita, amigo Parffit !
ExcluirVerdade, o álbum do Tomada está muito bom, merece ser ouvido com bastante atenção.
E que maravilha ter apreciado a resenha, assim fico duplamente feliz e vindo de sua parte que é um artista que entende muito da matéria, acho que é triplo, na cabeça !
Vamos matar e fome com muito prazer então, porque sua vovó tinha toda a razão.
Grande abraço !!