O CD “Older
Than Time”, é o mais recente lançamento da excelente banda, Canyon, oriunda de
São Luís, a capital do estado do Maranhão.
Bem, como é público e notório, essa bela capital nordestina tem uma forte tradição em torno do Reggae e para muitos críticos musicais, é considerada um pedaço da Jamaica no Brasil, tamanha a força de tal cena ali. Entretanto, é um erro crasso estigmatizar uma cidade (e um estado), por um único estilo musical, pois é evidente que isso não é uma verdade absoluta, visto que outros segmentos são bem apreciados, ainda mais ao tratar-se de uma capital com vida cultural pulsante e sintonizada no pensamento cosmopolita, naturalmente.
Pois o Canyon é um bom exemplo de como a cidade tem artistas sintonizados em outras escolas, pois eis aqui uma banda fortemente influenciada pelo Rock dos anos setenta, e sobretudo focada nas vertentes do Hard-Rock e Progressive Rock. Desde 2009 na estrada, essa banda já tem muitos lançamentos em sua ótima discografia e agora acrescenta o excelente álbum, “Older Than Time” em seu currículo.
Bem, como é público e notório, essa bela capital nordestina tem uma forte tradição em torno do Reggae e para muitos críticos musicais, é considerada um pedaço da Jamaica no Brasil, tamanha a força de tal cena ali. Entretanto, é um erro crasso estigmatizar uma cidade (e um estado), por um único estilo musical, pois é evidente que isso não é uma verdade absoluta, visto que outros segmentos são bem apreciados, ainda mais ao tratar-se de uma capital com vida cultural pulsante e sintonizada no pensamento cosmopolita, naturalmente.
Pois o Canyon é um bom exemplo de como a cidade tem artistas sintonizados em outras escolas, pois eis aqui uma banda fortemente influenciada pelo Rock dos anos setenta, e sobretudo focada nas vertentes do Hard-Rock e Progressive Rock. Desde 2009 na estrada, essa banda já tem muitos lançamentos em sua ótima discografia e agora acrescenta o excelente álbum, “Older Than Time” em seu currículo.
Neste novo
trabalho, o Canyon mantém a sua determinação em trabalhar com afinco entre essas
duas vertentes citadas acima, com muita qualidade técnica, criatividade e
inspiração. E também segue a cantar em inglês, uma escolha certamente a visar
uma adequação ao mercado internacional, portanto trata-se de uma aspiração
válida.
Gostei muito do capricho da banda no tocante aos arranjos. Nada escapa, há um trabalho minucioso para dar um bom acabamento, com pontes e convenções que enriquecem o trabalho. Os timbres dos instrumentos também agradaram-me bastante, a buscar o máximo da identidade vintage, algo vital para um tipo de banda que busca a sua inspiração em influências tão nobres do passado.
E para completar o assunto sobre o áudio, esse álbum detém um padrão de gravação muito bom, com uma mixagem correta, onde ouve-se tudo no lugar, devidamente.
É também sensacional, saber que o baterista da banda, Ítalo Silva, foi o técnico de som no processo de captura, mixagem e masterização, deste trabalho, ao demonstrar talento extra e mais do que isso, saber como ninguém que som buscar nessa complexa operação técnica, em suas três etapas.
Gostei muito do capricho da banda no tocante aos arranjos. Nada escapa, há um trabalho minucioso para dar um bom acabamento, com pontes e convenções que enriquecem o trabalho. Os timbres dos instrumentos também agradaram-me bastante, a buscar o máximo da identidade vintage, algo vital para um tipo de banda que busca a sua inspiração em influências tão nobres do passado.
E para completar o assunto sobre o áudio, esse álbum detém um padrão de gravação muito bom, com uma mixagem correta, onde ouve-se tudo no lugar, devidamente.
É também sensacional, saber que o baterista da banda, Ítalo Silva, foi o técnico de som no processo de captura, mixagem e masterização, deste trabalho, ao demonstrar talento extra e mais do que isso, saber como ninguém que som buscar nessa complexa operação técnica, em suas três etapas.
No
tocante à
capa, gostei bastante da ilustração frontal. Plena em simbolismo, evoca
muitos
signos do esoterismo, shamanismo, sabedoria ancestral e afins. Trata-se
da figura de um ancião (talvez indígena pelas suas feições), devidamente desconstruído no sentido abstrato, a
lembrar vagamente uma menção ao
estilo cubista, com uma caverna às suas costas, a sugerir muitas camadas
e
denotar dessa forma, a questão da passagem do tempo.
De fato, como o título da obra sugere, é mais velho que o tempo o local onde alojam-se os segredos herméticos. Em suma, uma bela ilustração para sacramentar uma temática tão grandiosa e misteriosa. Além do mais, gostei muito da sua resolução em si, rica em sua arte, com muitos detalhes nas bordas, ou seja, a se tratar de um trabalho muito caprichado.
E tudo melhora quando toma-se conhecimento de que o responsável pela criação e lay-out desse ótimo trabalho gráfico é um outro um componente da própria banda, no caso, Ramon Silva. Portanto, o controle total da embalagem, tanto no áudio, quanto na parte gráfica, faz do Canyon uma banda com a uma qualidade a mais, e que revela-se como algo extraordinário em termos de autossuficiência artística e operacional.
De fato, como o título da obra sugere, é mais velho que o tempo o local onde alojam-se os segredos herméticos. Em suma, uma bela ilustração para sacramentar uma temática tão grandiosa e misteriosa. Além do mais, gostei muito da sua resolução em si, rica em sua arte, com muitos detalhes nas bordas, ou seja, a se tratar de um trabalho muito caprichado.
E tudo melhora quando toma-se conhecimento de que o responsável pela criação e lay-out desse ótimo trabalho gráfico é um outro um componente da própria banda, no caso, Ramon Silva. Portanto, o controle total da embalagem, tanto no áudio, quanto na parte gráfica, faz do Canyon uma banda com a uma qualidade a mais, e que revela-se como algo extraordinário em termos de autossuficiência artística e operacional.
Por
enquanto, o álbum existe apenas virtualmente, entretanto, a banda planeja o seu
lançamento em plataforma física, em formato de CD tradicional, para breve. Em relação às
canções em si, eu tenho algo mais a acrescentar.
Ouça o álbum na plataforma, “Bandcamp”, enquanto segue a ler esta resenha.
Ouça o álbum na plataforma, “Bandcamp”, enquanto segue a ler esta resenha.
https://canyon1.bandcamp.com/album/older-than-time?fbclid=IwAR2MRI-S4ziHRPM7HK-D-6c3ofTg0eQwJ0a90sXTlF26QL78scA81e6myBY
“Fight Them”
Eis aqui umm belo
Hard-Rock, com ênfase no riff bem construído, a conter peso e com elementos
Prog-Rock, inclusos. Revela-se muito boa a intervenção de um solo de sintetizador, além de
uma parte desdobrada da condução rítmica. Apreciei também o peso do baixo a sugerir
o uso de bicordes como um recurso interessante.
“Hard Life”
O início a
conter arpejos rápidos, lembrou-me bastante o trabalho do Rush em seus
primeiros dias. A ótima melodia é amparada por uma base harmônica bem bonita. O refrão
manteve o padrão, com uma fluência muito boa.
Gostei também da parte desdobrada e dos efeitos obtidos via sintetizador. Uma mudança brusca vem a seguir e a música caminha para um tema mais pesado, onde a linha de bateria impressiona pela condução técnica, muito boa. Eis que mais um riff muito criativo surge, e desta vez com um ar diferente, quiçá inspirado em trilha sonora para o cinema, tamanha a sua grandiloquência. E o detalhe ao final, é singelo, quando ouve-se um harmônico a sugerir o sinal sonoro que antecede recados em saguão de aeroporto.
Gostei também da parte desdobrada e dos efeitos obtidos via sintetizador. Uma mudança brusca vem a seguir e a música caminha para um tema mais pesado, onde a linha de bateria impressiona pela condução técnica, muito boa. Eis que mais um riff muito criativo surge, e desta vez com um ar diferente, quiçá inspirado em trilha sonora para o cinema, tamanha a sua grandiloquência. E o detalhe ao final, é singelo, quando ouve-se um harmônico a sugerir o sinal sonoro que antecede recados em saguão de aeroporto.
“Sorceress”
A impressão
que eu tive ao ouvir esse vigoroso Hard-Rock, foi imediata em lembrar-me do som
do grupo de Rock britânico, "UFO", nos anos setenta, onde a boa melodia sempre andava em sintonia com a
condução vibrante e trata-se exatamente dessa prerrogativa que o Canyon fez uso
nesta música.
“Sleeping
Lady”
Essa é uma
bela balada e a conter surpresas em seu decorrer. Começa com um emotivo solo de
guitarra com a banda a estabelecer uma condução excelente e onde sobressai o
bom uso dos timbres para cada instrumento. E a seguir, não há nada melhor que uma sonoridade
mais amena, onde a massa sonora mais atenuada dá margem para que se preste uma
melhor atenção em tal tipo de detalhe.
A beleza dessa harmonia, muito bem amparada pela divisão rítmica, ativou a minha memória no sentido para lembrar-me do trabalho do "Renaissance", outra memorável banda Pro-Rock britânica dos anos setenta. Bem ao estilo Progger, a suíte evolui para apresentar um ótimo solo ao sintetizador, com o apoio de um ritmo quebrado e assim vai até o final, mediante mais sutilezas rítmicas e o bom uso dos teclados.
A beleza dessa harmonia, muito bem amparada pela divisão rítmica, ativou a minha memória no sentido para lembrar-me do trabalho do "Renaissance", outra memorável banda Pro-Rock britânica dos anos setenta. Bem ao estilo Progger, a suíte evolui para apresentar um ótimo solo ao sintetizador, com o apoio de um ritmo quebrado e assim vai até o final, mediante mais sutilezas rítmicas e o bom uso dos teclados.
“Iron Giant”
Apesar do
Riff com teor Bluesy, temos aqui um tema com forte orientação Prog-Rock, de novo e
certamente a lembrar em alguns aspectos o som do grupo germânico, "Guru-Guru", para que dessa maneira, se possa igualmente buscar a identidade da escola Krautrock setentista. Em suma, só boas influências para
redundar em uma boa resolução.
“Lunar
Eclipse”
Mais uma
canção a explorar muito bem o uso de teclados. Há um solo super climático,
realizado com extrema sensibilidade, gostei muito.
“Older Than Time”
Há
novamente, como na faixa anterior, uma certa percepção em prol do Blues-Rock. Uma
parte amena sobrevém e a canção encerra-se mediante o uso de um Riff que finaliza-se,
abruptamente.
“Questions
No Answers”
Eis um
Soft-Folk com um trabalho muito bonito dos vocais, inclusive com o uso do
recurso do contraponto. Mostra-se muito bom o solo de guitarra e o mesmo se observa em relação à parte mais pesada e
igualmente, o uso de uma locução com a voz bem processada, a conferir uma
eloquência.
Estou feliz
por verificar que o Canyon está a prosseguir com muita força em sua trajetória.
Mais do que persistir, enxergo um frescor em seu trabalho, fruto naturalmente
da experiência adquirida em conjunto com a qualidade individual de seus
componentes e com um dado a mais, a criatividade que é uma questão de talento nato.
Além de todos esses elementos, há a questão da cultura Rocker avantajada que esses rapazes possuem e assim, parece muito óbvio que fazer boa música é algo natural para quem conhece profundamente, as suas próprias influências. Sendo assim, a minha recomendação é evidente, o Canyon merece a nossa atenção, apreço e apoio, sempre.
Além de todos esses elementos, há a questão da cultura Rocker avantajada que esses rapazes possuem e assim, parece muito óbvio que fazer boa música é algo natural para quem conhece profundamente, as suas próprias influências. Sendo assim, a minha recomendação é evidente, o Canyon merece a nossa atenção, apreço e apoio, sempre.
Gravado,
mixado e masterizado no Aeon Studio de São Luís-MA
Técnico de
som (captura, mixagem e masterização): Ítalo Silva
Produção:
Ítalo Silva e Canyon
Capa (criação
e Lay-out): Ramon Silva
Formação do Canyon:
Formação do Canyon:
Ítalo Silva: Bateria
Jobson
Machado (Guitarra, Teclados e Voz)
Leo Vieira (Baixo
e Flauta)
Ramon Silva
(Guitarra e Voz)
Para conhecer melhor o trabalho da banda, acesse:
Para conhecer melhor o trabalho da banda, acesse:
Página do
Canyon no Facebook:
E através
das plataformas digitais:
Spotify, Deezer, Onerpm, Apple, Google Play e Bandcamp.
Spotify, Deezer, Onerpm, Apple, Google Play e Bandcamp.
Sonzeira! Muito orgulho dos meus conterrâneos da Canyon! Keep rocking!
ResponderExcluirEstou feliz por sua visita ao meu Blog e sobretudo pelo apoio ao Canyon !
ExcluirVolte sempre, o Blog tem mais matérias e resenhas de seu interesse, eu tenho certeza.
Abraço, Leonardo !