Quando pensamos em segredos estratégicos e / ou espionagem, geralmente imaginamos sobre questões governamentais a envolver a geopolítica, e as suas implicações militares inerentes. Contudo, a espionagem industrial movimenta o mundo de uma forma tão ou mais contundente, ao ponto em requerer verdadeiros exércitos formados por profissionais, especialistas em segurança.
Isso sem contar os milhões gastos em recursos jurídicos, para tentar ao máximo coibir os transtornos decorrentes de patentes a ser quebradas diariamente, mediante produtos que são copiados, sem nenhum pudor. No caso das fórmulas de produtos alimentícios (e farmacêuticos, incluso), todo o cuidado é pouco, e os industriais gastam milhões em dispositivos de segurança para tentar preservar as fórmulas que garante-lhes a exclusividade em produtos campeões de vendas.
Ao pensar nesses termos, entre inúmeros produtos tradicionalíssimos do mercado, é difícil não imaginar que um entre todos, seja o mais famoso, e claro, refiro-me ao refrigerante conhecido como : "Coca-Cola". Oficialmente, a fórmula do refrigerante foi atribuída a um farmacêutico norteamericano, chamado : John Pemberton. Isso ocorreu em 8 de maio de 1886, inicialmente registrado como um remédio e a contar com a posologia a indicar a atuação psicoativa no cérebro e sistema nervoso humano.
Somente em 1893, outro pesquisador norteamericano, Frank Mason Robinson, adaptou o remédio para o consumo como refrigerante, ao patenteá-lo e assim criar o seu histórico logotipo. Em franca expansão, a Coca-Cola tornou-se um produto com alcance mundial, até que em 1919, a fábrica foi vendida para o magnata, Ernest Woodruff, que tratou por guardar a fórmula no cofre do Guaranty Bank, de Nova York.
Algum tempo depois, ele resolveu mudar de banco, quando a sua fórmula submeteu-se às sete chaves do banco SunTrust, de Atlanta, no estado da Georgia. Sedimentado como o refrigerante mais famoso e vendido do mundo, a preservação de sua fórmula tornou-se uma lenda, doravante. Inúmeros boatos espalharam-se, e dessa forma tratou por contaminar o imaginário popular. Boatos pró e contra o refresco, naturalmente...
A questão em ser um refrigerante viciante, logicamente foi atribuído à existência dos elementos da cafeína e cocaína em sua fórmula. Claro, se há um fundamento técnico, e portanto, plausível em tal afirmativa, por outro lado, há por considerar-se que a existência de tais substâncias na fórmula, são evidentemente em escala ínfima, portanto, para prejudicar uma pessoa, seria preciso a ingestão de uma quantidade tão absurda do líquido, que nem o mais contumaz consumidor do mesmo, suportaria, e outra questão, seria mais provável que o consumidor morresse por afogamento...
Em 2011, a fórmula foi parar em seu depósito definitivo, acredita-se, ao tratar-se do "World of Coca-Cola", um Museu particular da própria companhia, localizado na cidade de Atlanta.
Outra lenda que corre solta, por décadas, é a de que ao contrário do famoso segredo de sua fórmula, motivado pelo medo de não ser copiado, a origem de tal formulação foi na verdade obtida mediante o uso de fórmulas alheias.
Uma curiosa história nesse sentido, vem da Espanha, onde uma pequena fábrica artesanal, situada no vilarejo de Aielo de Malferit, na província de Valencia, contém o refrigerante : "Nuez de Kola-Coca", e segundo o seu atual dono, a fraca legislação de décadas atrás, no tocante à patentes, permitiu que os norteamericanos roubassem a sua fórmula, sem nenhuma dificuldade.
Sob um segundo instante, em 1953, por temer uma contestação na justiça espanhola, os executivos da Coca-Cola procuraram a pequena fábrica de Aielo de Malferit, e mediante o pagamento de trinta mil pesetas, selaram um acordo, ao decretar a questão como encerrada.
Enfim, apesar de inúmeras especulações, a fórmula oficial da Coca-Cola permanece como o maior segredo industrial da história, apesar da polêmica publicação em um jornal de Atlanta, a mencionar a existência de uma anotação assinada por John Pemberton, em 1979, onde o suposto original manuscrito teria sido revelado, mas nunca admitido como fidedigno pela companhia.
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