domingo, 28 de outubro de 2012

Casas Ecológicas, O Futuro é Já - Por Luiz Domingues


Vivemos tempo de conscientização no tocante ao uso dos recursos da natureza, principalmente no campo da sustentabilidade.
Por um lado vemos a má vontade de governos e grupos empresariais em determinar ações concretas nesse sentido, pelo simples e óbvio motivo de seu contumaz egoísmo, ao não abrir mão dos seus colossais lucros, pura e simplesmente. Todavia, seja pela ação de ONG's, seja por iniciativas isoladas de pessoas comuns, muitas coisas positivas são idealizadas e realizadas nesse sentido.
Uma dessas iniciativas, ocorre no campo da construção de casas populares a utilizar diversos conceitos ecológicos, muito interessantes. Muitas técnicas e materiais são utilizados por muitos empreendedores, em diversos países. Uma dessas iniciativas que tem chamado a atenção, tem ocorrido no interior de São Paulo;, Bahia; Distrito Federal, e em Santa Catarina.

São casas cujas paredes são revestidas de espuma de poliuretano, mas sem a utilização de gás HFFC, que tem prazo para ser extirpado do Brasil pelo seu caráter nocivo à natureza, a partir de 2040.  As casas são construídas em apenas quatro dias, ao economizar-se tempo e dinheiro considerável, pois se utilizasse o método e material tradicional, uma unidade dessas, em torno de 39 a 70 metros quadrados, demoraria cerca de 120 dias para ser concluída.
Outra vantagem interessante, é que o uso desse material, a torna muito mais resistente à ação do fogo, uma interessante medida preventiva.
E por conter também, um isolamento acústico muito bom, trará tranquilidade às famílias que as ocuparão futuramente. Aliás, outros dois pontos são muito interessantes nessa concepção ecológica : a instalação de um sistema de aquecimento solar e coleta e o armazenamento de água da chuva, nessas construções populares. No tocante ao custo, outra boa nova : o preço varia entre R$ 28 e R$ 33 mil reais, a depender da metragem do imóvel. Ou seja, condições populares acessíveis para ser pago em financiamento longo, ao oferecer oportunidade para as famílias de baixa renda. E mais um outro fator, promove um conforto térmico muito bom, em relação aos extremos do verão e do inverno, ao estabelecer um agradável equilíbrio.
Os pontos negativos arrolados por engenheiros e arquitetos, são : a pouca possibilidade que esse material proporciona para possíveis mudanças na planta original, no caso do proprietário querer reformar o imóvel e na questão do acabamento interno, onde ainda não desenvolveram uma forma dos encaixes dos painéis ficarem totalmente invisíveis.
Mesmo com essas duas queixas, ainda assim o projeto tem sido bem avaliado e segue em curso.  E não podemos mesmo pensar em outra forma de lidar com a massificação de moradias populares, sem o conceito de sustentabilidade envolvido, nos dias atuais.

Matéria publicada inicialmente no Blog Pedro da Veiga, em 2012

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