O Blues-Rock clássico, lado a lado com baladas
melódicas, bem ao estilo “Power Ballads”; R’n’B & Soul Music com a pegada
de outrora, uma boa dose de Rock’n Roll e tudo amalgamado por letras com teor
romântico, mas a apostar na sensibilidade rara e não na pieguice da música
brega que toca no mainstream, enfim, essa mistura tão normal para vários
artistas que militaram nos anos de ouro do Rock, mas completamente fora do imaginário da
juventude atual, ainda seria possível nos dias presentes?
Se vivemos em uma época onde não temos mais um Peter Frampton a produzir Pop Music com qualidade, sob pegada Rocker e nem contamos mais com artistas do quilate de Derek and the Dominos, Bread, Creedence Clearwater Revival e igualmente com os primeiros discos solo do Eric Clapton e George Harrison, entre tantos outros exemplos (centenas de outros, essa é a verdade), é um alento ter contato com o trabalho de um jovem guitarrista paulista, oriundo da pequena cidade interiorana de Porto Ferreira, chamado: Ricardo Dezotti, que traz essa proposta bem delineada em seu recente álbum, denominado: “Último Adeus”.
Bem versado como guitarrista, mediante experiência adquirida em boas bandas na seara do Hard-Rock, como por exemplo o “Freak”, ao lado do baterista, Junior Muelas (atual “A Estação da Luz”), aliás, foi quando o conheci, em 2003, e também quiando ele fez parte da quase formação de uma outra banda com esse mesmo time e a acrescentar, Dudu Chermont, (ex-guitarrista da Patrulha do Espaço e Made in Brazil), Ricardo Dezotti teve inclusive uma participação curta no line-up da Patrulha do Espaço, ao lado do baixista, Vagner Siqueira (Ex-“Freak” e atual, “A Estação da Luz”), logo após a dissolução da formação da qual eu fiz parte, com Rodrigo Hid & Marcello Schevano).
Depois disso, Ricardo Dezotti trabalhos anos pela noite em diversas cidades interioranas e daí começou enfim a articular o seu trabalho próprio.
Se vivemos em uma época onde não temos mais um Peter Frampton a produzir Pop Music com qualidade, sob pegada Rocker e nem contamos mais com artistas do quilate de Derek and the Dominos, Bread, Creedence Clearwater Revival e igualmente com os primeiros discos solo do Eric Clapton e George Harrison, entre tantos outros exemplos (centenas de outros, essa é a verdade), é um alento ter contato com o trabalho de um jovem guitarrista paulista, oriundo da pequena cidade interiorana de Porto Ferreira, chamado: Ricardo Dezotti, que traz essa proposta bem delineada em seu recente álbum, denominado: “Último Adeus”.
Bem versado como guitarrista, mediante experiência adquirida em boas bandas na seara do Hard-Rock, como por exemplo o “Freak”, ao lado do baterista, Junior Muelas (atual “A Estação da Luz”), aliás, foi quando o conheci, em 2003, e também quiando ele fez parte da quase formação de uma outra banda com esse mesmo time e a acrescentar, Dudu Chermont, (ex-guitarrista da Patrulha do Espaço e Made in Brazil), Ricardo Dezotti teve inclusive uma participação curta no line-up da Patrulha do Espaço, ao lado do baixista, Vagner Siqueira (Ex-“Freak” e atual, “A Estação da Luz”), logo após a dissolução da formação da qual eu fiz parte, com Rodrigo Hid & Marcello Schevano).
Depois disso, Ricardo Dezotti trabalhos anos pela noite em diversas cidades interioranas e daí começou enfim a articular o seu trabalho próprio.
Neste ótimo novo trabalho que nos apresenta, “Último Adeus”, Ricardo
Dezotti mostra-nos o seu potencial como compositor; letrista, arranjador e
cantor, ao lado de sua ótima performance como guitarrista e o seu esforço atingiu
um resultado muito além do que esperar-se-ia.
Sob um apanhado de boas canções, Dezotti dá o seu recado muito bem dado e empolga, certamente. Trata-se de um trabalho que busca uma raiz perdida no Rock e dadas as circunstâncias, pode-se afirmar até que a atual geração, e talvez as duas anteriores, igualmente, nem possui contato com tal conceito remoto. A raiz primordial do Rock, inserida no âmago do Blues, foi deixada de lado, há anos e assim, muitos equívocos são cometidos com o seu nome pronunciado em vão, essa é que é verdade. E amarguemos o indefectível, "mallocchio", que fique aqui esta mensagem subliminar que os bons entendedores haverá por compreender...
Sob um apanhado de boas canções, Dezotti dá o seu recado muito bem dado e empolga, certamente. Trata-se de um trabalho que busca uma raiz perdida no Rock e dadas as circunstâncias, pode-se afirmar até que a atual geração, e talvez as duas anteriores, igualmente, nem possui contato com tal conceito remoto. A raiz primordial do Rock, inserida no âmago do Blues, foi deixada de lado, há anos e assim, muitos equívocos são cometidos com o seu nome pronunciado em vão, essa é que é verdade. E amarguemos o indefectível, "mallocchio", que fique aqui esta mensagem subliminar que os bons entendedores haverá por compreender...
Escute : "Blues das Estrelas", do CD "Último Adeus", do guitarrista, Ricardo Dezotti
https://www.youtube.com/watch?v=vC-GKsQtKoQ
Determinado em sua proposta e sem relutar, portanto, Ricardo Dezotti inicia o seu disco com: “Blues das Estrelas”, um "slow blues" vigoroso, mediante requintes. Sob uma harmonia bela, a apoiar-se em acordes menores e modulações com diminutas, há uma linha de baixo e bateria muito bonita, igualmente, incluso um belo "rulo" inicial na caixa e algumas intervenções muito criativas no pedal do bumbo, ao melhor estilo do saudoso, John Bonham.
Gostei muito das bases de guitarra, com uso de drive, inclusive, e contrasolos a colorir a canção, sob a boa distribuição no pan do estéreo. Eis então que uma convenção bem concatenada muda o panorama da canção, com a aceleração do seu andamento e aí a interpretação fica ainda mais intensa e abre caminho para um solo de Rock, clássico, em sua influência clara em prol do Blues-Rock mais dramático. Sobre a letra, a canção fala sobre solidão e melancolia, a amargura pela partida da pessoa amada e o vazio, mas tudo com classe, sem nem chegar perto da pieguice como infelizmente artistas popularescos simplesmente não conseguem fugir, ao abordar a mesma temática.
https://www.youtube.com/watch?v=vC-GKsQtKoQ
Determinado em sua proposta e sem relutar, portanto, Ricardo Dezotti inicia o seu disco com: “Blues das Estrelas”, um "slow blues" vigoroso, mediante requintes. Sob uma harmonia bela, a apoiar-se em acordes menores e modulações com diminutas, há uma linha de baixo e bateria muito bonita, igualmente, incluso um belo "rulo" inicial na caixa e algumas intervenções muito criativas no pedal do bumbo, ao melhor estilo do saudoso, John Bonham.
Gostei muito das bases de guitarra, com uso de drive, inclusive, e contrasolos a colorir a canção, sob a boa distribuição no pan do estéreo. Eis então que uma convenção bem concatenada muda o panorama da canção, com a aceleração do seu andamento e aí a interpretação fica ainda mais intensa e abre caminho para um solo de Rock, clássico, em sua influência clara em prol do Blues-Rock mais dramático. Sobre a letra, a canção fala sobre solidão e melancolia, a amargura pela partida da pessoa amada e o vazio, mas tudo com classe, sem nem chegar perto da pieguice como infelizmente artistas popularescos simplesmente não conseguem fugir, ao abordar a mesma temática.
“Onde é que isso para?/onde é que seguro?/Me sinto no meio de um palco escuro”...
Aqui não trata-se da “sofrência” proposta por artistas popularescos, mas a melancolia que a dor transforma na beleza do Blues e induz o Bluesman a buscar a sua inspiração nas estrelas, para fazer de seu lamento, uma arte pura, mesmo que seja em cima de um palco escuro.
Escute "Alone", do CD Último Adeus, do guitarrista, Ricardo Dezotti.
https://www.youtube.com/watch?v=wzFXTHY3EvU
“Alone”, a segunda faixa, é uma Power Ballad, aquelas bem clássicas, com fortes raízes no Folk, e na Country Rock, através de uma condução sensacional de baixo e bateria, mais um passeio excelente de violões pontuais a produzir belos dedilhados e uma base pesada de guitarra, na medida certa. O refrão é tão bom, que desperta-nos aquele velho questionamento que beira a revolta, no sentido de que é um disparate um tipo de canção desse nível, não ter espaço algum no mainstream. Se fosse um artista norte-americano, Dezotti certamente teria notoriedade em emissoras de rádio e um belo circuito para trilhar, a viajar e apresentar-se de costa a costa, só pelo advento dessa canção e o seu refrão que é ótimo, mas no Brasil...
https://www.youtube.com/watch?v=wzFXTHY3EvU
“Alone”, a segunda faixa, é uma Power Ballad, aquelas bem clássicas, com fortes raízes no Folk, e na Country Rock, através de uma condução sensacional de baixo e bateria, mais um passeio excelente de violões pontuais a produzir belos dedilhados e uma base pesada de guitarra, na medida certa. O refrão é tão bom, que desperta-nos aquele velho questionamento que beira a revolta, no sentido de que é um disparate um tipo de canção desse nível, não ter espaço algum no mainstream. Se fosse um artista norte-americano, Dezotti certamente teria notoriedade em emissoras de rádio e um belo circuito para trilhar, a viajar e apresentar-se de costa a costa, só pelo advento dessa canção e o seu refrão que é ótimo, mas no Brasil...
E como se não bastasse tais atributos elencados, a
canção tem mais atrativos, como um riff pesado perpetrado pelo baixo e guitarra
em duo, nos momentos finais, com batida seca e desdobrada da bateria, que
remete ao som do "Aerosmith" em seus melhores dias e com a rápida dobrada do andamento, que
vem a seguir, Dezotti solta o Joe Perry que tem dentro de si, com bastante
contundência. Em suma, a canção poderia constar em qualquer álbum do "Black Crowes", outra banda que tem similaridade com essa sonoridade, com certeza,
tamanha a sua qualidade e comprometimento com o conceito do que é ser “vintage”,
na acepção da palavra e por estar fora de seu tempo.
Escute : "Chicote Blues", do CD "Último Adeus", do guitarrista, Ricardo Dezotti
https://www.youtube.com/watch?v=EW2V4-7Sp90
A terceira faixa, “Chicote Blues” investe no Blues rural tradicional, com aquela sonoridade de violão, inclusive a simular o “dobro”, mas apresenta também o recurso das guitarras com "drive" na sua base, através de seu desenrolar, além de um solo, bem na pegada de guitarristas como, Rory Gallagher, com certeza.
https://www.youtube.com/watch?v=EW2V4-7Sp90
A terceira faixa, “Chicote Blues” investe no Blues rural tradicional, com aquela sonoridade de violão, inclusive a simular o “dobro”, mas apresenta também o recurso das guitarras com "drive" na sua base, através de seu desenrolar, além de um solo, bem na pegada de guitarristas como, Rory Gallagher, com certeza.
Escute : "Coração Aberto", do CD "Último Adeus", do guitarrista, Ricardo Dezotti
https://www.youtube.com/watch?v=GT-aowKHwpY
“Coração Aberto” é um R’n’B com atmosfera bluesy. Lembra muito o trabalho do Eric Clapton em seus primeiros (e melhores) discos, solo. Apresenta a sua estrutura harmônica bem concatenada, para dar vazão a uma construção melódica, excelente. Mais um caso onde dispara as minhas reminiscências mais queridas, de onde o conceito do que foi o Rock, realmente, vinha envolto sob um manto de euforia que é até difícil descrever para quem não viveu essa outra realidade, mas enfim, Dezotti, consegue resgatar esse elo perdido, ainda bem. Gostei muito das bases de guitarra e com o apoio de uma cozinha tão firme, a consistência do trabalho ficou assegurada.
https://www.youtube.com/watch?v=GT-aowKHwpY
“Coração Aberto” é um R’n’B com atmosfera bluesy. Lembra muito o trabalho do Eric Clapton em seus primeiros (e melhores) discos, solo. Apresenta a sua estrutura harmônica bem concatenada, para dar vazão a uma construção melódica, excelente. Mais um caso onde dispara as minhas reminiscências mais queridas, de onde o conceito do que foi o Rock, realmente, vinha envolto sob um manto de euforia que é até difícil descrever para quem não viveu essa outra realidade, mas enfim, Dezotti, consegue resgatar esse elo perdido, ainda bem. Gostei muito das bases de guitarra e com o apoio de uma cozinha tão firme, a consistência do trabalho ficou assegurada.
Mais uma vez a letra versa sobre a relação homem/mulher,
mas apesar do tema ser tão usual na música Pop em geral, existem as suas resoluções
interessantes, como por exemplo, quando ele canta:
"Parecia que o dia estava ao contrário/Dormia quando era para estar acordado/Mesmo fazendo o certo, saía tudo errado”...
"Parecia que o dia estava ao contrário/Dormia quando era para estar acordado/Mesmo fazendo o certo, saía tudo errado”...
Dessa maneira, a exprimir estar inconformado com o rumo da relação amorosa,
não bem resolvida.
Escute: "Corda Bamba" do CD "Último Adeus" do guitarrista, Ricardo Dezotti.
https://www.youtube.com/watch?v=EQ3bdKovZgQ
“Corda Bamba” tem riff versado pelo Blues-Rock com aquela pegada funkeada, a lembrar o estilo de Joe Walsh, à frente da sua maravilhosa, "James Gang". Gostei muito da linha de baixo, com um balanço muito grande, a gerar aquele molho mais do que necessário para o que a canção pede. Idem para a bateria, que "swinga" forte e quebra bastante, tanto nos tambores, quanto no chimbau, a lembrar o som do grande, Carmine Appice, nos seus bons dias com o "Vanilla Fudge" e o "Cactus". Apreciei bastante a voz dobrada na parte "B", a criar uma atmosfera preparatória muito criativa para o refrão, que é muito bom, também. E o solo pesado, embalado nesse balanço todo, é curto, mas belo, certamente.
https://www.youtube.com/watch?v=EQ3bdKovZgQ
“Corda Bamba” tem riff versado pelo Blues-Rock com aquela pegada funkeada, a lembrar o estilo de Joe Walsh, à frente da sua maravilhosa, "James Gang". Gostei muito da linha de baixo, com um balanço muito grande, a gerar aquele molho mais do que necessário para o que a canção pede. Idem para a bateria, que "swinga" forte e quebra bastante, tanto nos tambores, quanto no chimbau, a lembrar o som do grande, Carmine Appice, nos seus bons dias com o "Vanilla Fudge" e o "Cactus". Apreciei bastante a voz dobrada na parte "B", a criar uma atmosfera preparatória muito criativa para o refrão, que é muito bom, também. E o solo pesado, embalado nesse balanço todo, é curto, mas belo, certamente.
https://www.youtube.com/watch?v=RhS6SvtNBC8
A próxima canção, “Fama de Mau”, tem sabor “zeppelineano”, a parecer algum out-take do LP Physical Graffiti. Contém aquela gostosa simbiose entre o Blues de raiz e o Hard-Rock, sob a ultra amplificação, uma marca do velho Zepelim de chumbo. O arranjo geral favorece a canção, a realçar acentos estratégicos a cada final de módulo da parte "A", por ser agradabilíssimo e aliado ao uso muito inspirado do cowbell, intermitente, garante a festa. Gostei muito do solo duplicado, slide de um lado e bendings do outro, no pan do estéro, e assim realçou-se mais uma vez o comprometimento de Dezotti, com as suas ótimas influências.
https://www.youtube.com/watch?v=JPMGHDKk8k4
“Novo Amanhecer” é uma canção densa, com pegada bluesy, e que apresenta um caldeirão de boas tendências em seu bojo. A base de guitarra, com aquele “drive”, lembra muito o som de Paul Kossof, em seus melhores trabalhos no "Free". Há uma participação de teclados, muito boa. Não só pelo reforço da harmonia, mas a pontuar com desenhos muito ricos, principalmente no piano elétrico, e também no órgão, portanto, acrescenta muito. Surge uma parte mais pesada ao final da canção, onde a melodia desenha por cima de um riff peso-pesado que lembra a virulência dos primeiros álbuns do "Grand Funk", e por isso, soa magnífica.
Aqui, Dezotti fala sobre a questão da esperança,
força interior e vontade de vencer, sob quaisquer circunstância :
“O Sol já vai nascer/Espere só pra ver/Um novo amanhecer/Pra começar de novo”...
“O Sol já vai nascer/Espere só pra ver/Um novo amanhecer/Pra começar de novo”...
Escute: "Revelation Blues", do CD "Último Adeus", do guitarrista, Ricardo Dezotti
https://www.youtube.com/watch?v=Wx-JhCYxYz4
“Revelation Blues” tem a sua estrutura harmônica e rítmica baseada no Blues-Rock tradicional e lembra bastante o som de bandas nacionais clássicas, com essa mesma pegada. Gostosa de ouvir, traz o pontual piano com os seus momentos de atuação em staccato e a intercalar com trinados agudos e certamente indispensáveis para esse tipo de condução. O solo de guitarra, com o uso de bicordes em bendings, também respeita a arte de Chuck Berry e congêneres. Na letra, há uma certa influência do Erasmo Carlos, naquela sua costumeira felicidade em expressar-se sob uma forma coloquial, leve e a dar o recado certeiro, sem deixar de ser Rocker, jamais (o Tremendão é demais, mesmo).
E o recado fica ainda mais contundente, quando é dado com o clássico "gran finale" desdobrado, ao estilo do blues malandro de New Orleans:
“Mas se o papai não te ajudar, não vai adiantar chorar, encontre o seu próprio caminho, meu bem”.
https://www.youtube.com/watch?v=Wx-JhCYxYz4
“Revelation Blues” tem a sua estrutura harmônica e rítmica baseada no Blues-Rock tradicional e lembra bastante o som de bandas nacionais clássicas, com essa mesma pegada. Gostosa de ouvir, traz o pontual piano com os seus momentos de atuação em staccato e a intercalar com trinados agudos e certamente indispensáveis para esse tipo de condução. O solo de guitarra, com o uso de bicordes em bendings, também respeita a arte de Chuck Berry e congêneres. Na letra, há uma certa influência do Erasmo Carlos, naquela sua costumeira felicidade em expressar-se sob uma forma coloquial, leve e a dar o recado certeiro, sem deixar de ser Rocker, jamais (o Tremendão é demais, mesmo).
E o recado fica ainda mais contundente, quando é dado com o clássico "gran finale" desdobrado, ao estilo do blues malandro de New Orleans:
“Mas se o papai não te ajudar, não vai adiantar chorar, encontre o seu próprio caminho, meu bem”.
https://www.youtube.com/watch?v=Rhjb4FMWQkA
“Te Gosto Tanto” é uma balada super Folk-Country, que remete-me aos discos de Crosby; Stills, Nash & Young e também aos bons discos dessa turma, em duplas separadas ou solo de cada um. A entrada mais Folk, com violões muito bem desenhados e com o baixo a manter condução clássica, a marcar tônica e quinta acima e tônica/quarta abaixo, é obviamente uma delícia e a bateria vai na mesma construção da batida tradicional, inclusive em alguns momentos pontuais a inserir uma nota semibreve com "sustain", executada no surdo, em contratempo, ou seja, uma ideia criativa de arranjo.
Outro detalhe bem colocado, foi o processamento da voz com trêmulo na parte inicial, o que conferiu um charme retrô, sensacional à canção, onde até a sobra provocada pela respiração do cantor, acaba por tornar-se um resíduo aleatório a enriquecer o acabamento. Já na parte "B", que tem um quê de Beatles e Rolling Stones no fim da década de sessenta, acrescentou-se mais peso, é bem verdade, com enorme consistência a fazer uma junção com o Blues-Rock e dessa forma, ao abrir caminho para um belo refrão, mais um aliás, para abrilhantar o trabalho do disco inteiro.
https://www.youtube.com/watch?v=UDJZIKIZgpU
O disco finaliza-se com a canção homônima. “Último Adeus” é mais uma balada pesada, com uma base harmônica muito bonita que assim facilitou a criação de uma ótima melodia. Gostei muito do arranjo geral. Base pesada mais uma vez, a usar e abusar de acentos, com violões na sombra e devidamente respaldados por uma linha de baixo e bateria muito bem concatenada e bela. Apresenta uma sombra de uma segunda voz com reverber e delay, muito bem colocada na mixagem, a provar que tanto Dezotti quanto os técnicos de áudio (na captura, trabalhou André Prezotto e na mixagem, Rodrigo Francalacci), não sucumbiram à tentação em deixá-la mais alta, portanto, como fundo estratégico, funcionou perfeitamente. E o solo de guitarra principal, é de arrepiar, com uma carga de emoção extra, a consolidar o álbum inteiro.
Sobre a capa, ela é simples em sua concepção, mas bem funcional. Gostei do lay-out a privilegiar um fundo levemente escarlate sobre a despojada foto de Ricardo Dezotti, a empunhar a sua guitarra Gibson Les Paul, agachado sob um piso de madeira a denotar um quarto residencial, mas a apresentar alguns galhos secos de uma vegetação por trás e uma insinuação de eletricidade (ou algo gasoso), próxima do braço do seu instrumento. O quarto de sua reclusão meditativa, onde solitário, busca as suas respostas na inspiração para compor e certamente que o a luz gasosa ali insinuada é a fonte metafísica da inspiração que aproximou-se para ele criar as suas belas canções. Lay-out da capa por Beto Giocondo e foto de José Valdinei Cuel.
Gravado; mixado e masterizado no Villa Music Studio, de Porto Ferreira / SP
Captura de áudio: André Prezotto
Mixagem : Rodrigo Francalacci e Ricardo Dezotti
Produção geral: Ricardo Dezotti
Mixagem : Rodrigo Francalacci e Ricardo Dezotti
Produção geral: Ricardo Dezotti
Ricardo Dezotti: Guitarra, Violão e Voz
Régis Berreta: Bateria e Percussão
Léo Vituri: Baixo
Músicos convidados:
Felipe “Piu” Lopes: Violão e Backing Vocals
João Paulo Godoy: Teclados
O álbum, “Último Adeus”, de Ricardo Dezotti, já foi lançado, em plataforma física tradicional. As suas faixas também podem ser escutadas no entanto, em várias plataformas virtuais, tais como “Spotify”; “Deezer”, “Amazon” e “You Tube”.
Para conhecer melhor o trabalho de Ricardo Dezotti,
acesse:
Página do Facebook:
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Canal do You Tube:
https://www.youtube.com/channel/UCF4d9IHaqvjqTgaXizDxPkQ
Ouça também o trabalho do Freak !, lançado em 2004, cujas canções : “O Novo Amanhecer” e “Revelation Blues”, foram regravadas por Dezotti em seu disco solo. Link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=tKSuTSjB660
Eis aqui um álbum, que resgata muitas tradições esquecidas no Rock, a começar pelas suas raízes mais genuínas dentro do Blues, e mais alguns elementos importantes e enriquecedores, tais como a Folk Music; Country-Rock, Blues-Rock, Pop, R’n'B” e Soul Music. Recomendo o “Último Adeus”, a torcer para que não seja de fato o último adeus, mas apenas o início de uma bela trajetória para o guitarrista; cantor & compositor, Ricardo Dezotti.
Ouça também o trabalho do Freak !, lançado em 2004, cujas canções : “O Novo Amanhecer” e “Revelation Blues”, foram regravadas por Dezotti em seu disco solo. Link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=tKSuTSjB660
Eis aqui um álbum, que resgata muitas tradições esquecidas no Rock, a começar pelas suas raízes mais genuínas dentro do Blues, e mais alguns elementos importantes e enriquecedores, tais como a Folk Music; Country-Rock, Blues-Rock, Pop, R’n'B” e Soul Music. Recomendo o “Último Adeus”, a torcer para que não seja de fato o último adeus, mas apenas o início de uma bela trajetória para o guitarrista; cantor & compositor, Ricardo Dezotti.