Nos últimos anos, com o advento e crescimento da
popularidade das redes sociais da Internet, eis que um clamor generalizado
transformou-se em uma espécie de paradigma paralisante em torno de uma ideia
derrotista, a espalhar a lamúria, a
desolação e absoluta falta de perspectiva em vislumbrar-se dias melhores para a
cultura em geral e a música em específico.
Tal percepção tem uma fonte concreta, eu sei disso, se analisada pela ótica em que realmente os difusores culturais que comandam a mídia mainstream optam acintosamente pela propagação do popularesco como ordem a ser imposta às massas e na contrapartida, estrangula artistas que versam as suas respectivas obras pelo caminho diametralmente oposto.
Na prática, é uma forma de agir, despótica, cruel, ou seja, é um “lobby do mal”, a alimentar a teoria da conspiração, enfim, tudo isso e muito mais, que nem sonhamos haver por trás dessa manipulação etc. e tal. Mas a pergunta que eu faço e não quer calar é a seguinte: lastimar através das redes sociais ajuda exatamente em quê, para acharmos soluções a quebrar esse monopólio?
Tal percepção tem uma fonte concreta, eu sei disso, se analisada pela ótica em que realmente os difusores culturais que comandam a mídia mainstream optam acintosamente pela propagação do popularesco como ordem a ser imposta às massas e na contrapartida, estrangula artistas que versam as suas respectivas obras pelo caminho diametralmente oposto.
Na prática, é uma forma de agir, despótica, cruel, ou seja, é um “lobby do mal”, a alimentar a teoria da conspiração, enfim, tudo isso e muito mais, que nem sonhamos haver por trás dessa manipulação etc. e tal. Mas a pergunta que eu faço e não quer calar é a seguinte: lastimar através das redes sociais ajuda exatamente em quê, para acharmos soluções a quebrar esse monopólio?
Não descarto, inclusive, que a manipulação seja
mais sutil do que deduzimos e haja o fomento inicial para que o incitamento
seja tão acintoso. Aliás, tática bem tradicional, antiga mesmo e que remonta à
antiguidade, o ato de sabotar com maledicência é público e notório, principalmente
agora que as ferramentas disponíveis na internet estão a cada dia mais rápidas
e acessíveis a qualquer cidadão.
Portanto, estão aí os robots eletrônicos, os departamentos de call center, marqueteiros e especialistas em espalhar as famigeradas “Fake News”, em sua vergonhosa estratégia para difundir mentiras e assim angariar simpatia da parte dos incautos em geral, que tratam de tornar tal vírus, um agente a favor da sua metástase.
Portanto, estão aí os robots eletrônicos, os departamentos de call center, marqueteiros e especialistas em espalhar as famigeradas “Fake News”, em sua vergonhosa estratégia para difundir mentiras e assim angariar simpatia da parte dos incautos em geral, que tratam de tornar tal vírus, um agente a favor da sua metástase.
Esta reflexão não é sobre política, tampouco gestão
pública, propriamente dita. Estou a falar sobre a questão do papel dos órgãos
difusores de cultura, ante a sua opção antidemocrática pelo monopólio a difundir
apenas o que interessa-lhes e isso, irremediavelmente significa a acintosa
opção pelo popularesco, quiçá o grotesco.
Sei que o assunto abre precedentes para a contra-argumentação baseada no relativismo. Rapidamente vozes levantam-se para questionar o que é a arte, verdadeiramente, e a percepção diferente sobre o que é bom e o que não é, sobretudo, a evocar a possibilidade das diferentes visões sobre o mesmo fenômeno.
A análise técnica de músicos, técnicos de áudio, musicólogos, historiadores da arte, jornalistas & críticos especializados e outros tantos experts, opinam e uma conclusão é inquestionável: a arte é livre, certamente.
Dessa forma, é razoável aceitar a ideia de que o grotesco também é uma forma de expressão e merece o seu quinhão de atenção midiática. Nem é esse o ponto, pois o que questiona-se, na verdade é o advento do monopólio. Isso sim é um ato de tirania e que deve ser extirpado. E como isso seria feito, por decreto?
Esperar pela boa vontade dos senhores legisladores, essa congregação conspurcada pela corrupção, principalmente na lastimável figura daqueles que se orgulham de fazer parte, acintosamente de um balcão de negócios no parlamento? Ou mesmo um arroubo de consciência dos marqueteiros que somente visam nadar na piscina formada pelo dinheiro fácil que a opção proposital pela anticultura de massa proporciona?
Não dá para esperar que um sentimento edificante, norteado pela ética superior venha dessa gente mesquinha, que deseja apenas arrancar todas as moedas possíveis do bolso alheio, a alimentar a sua magnificente vida materialista, baseada na extrema futilidade, sob o luxo desmedido.
Sei que o assunto abre precedentes para a contra-argumentação baseada no relativismo. Rapidamente vozes levantam-se para questionar o que é a arte, verdadeiramente, e a percepção diferente sobre o que é bom e o que não é, sobretudo, a evocar a possibilidade das diferentes visões sobre o mesmo fenômeno.
A análise técnica de músicos, técnicos de áudio, musicólogos, historiadores da arte, jornalistas & críticos especializados e outros tantos experts, opinam e uma conclusão é inquestionável: a arte é livre, certamente.
Dessa forma, é razoável aceitar a ideia de que o grotesco também é uma forma de expressão e merece o seu quinhão de atenção midiática. Nem é esse o ponto, pois o que questiona-se, na verdade é o advento do monopólio. Isso sim é um ato de tirania e que deve ser extirpado. E como isso seria feito, por decreto?
Esperar pela boa vontade dos senhores legisladores, essa congregação conspurcada pela corrupção, principalmente na lastimável figura daqueles que se orgulham de fazer parte, acintosamente de um balcão de negócios no parlamento? Ou mesmo um arroubo de consciência dos marqueteiros que somente visam nadar na piscina formada pelo dinheiro fácil que a opção proposital pela anticultura de massa proporciona?
Não dá para esperar que um sentimento edificante, norteado pela ética superior venha dessa gente mesquinha, que deseja apenas arrancar todas as moedas possíveis do bolso alheio, a alimentar a sua magnificente vida materialista, baseada na extrema futilidade, sob o luxo desmedido.
O que fazer, então para mudar tal estado de coisas,
essa sensação exasperante de que tudo esteja destruído e não existe mais arte neste
mundo? Ora, penso que uma medida plausível para o cidadão comum é usar a
ferramenta da internet com mais inteligência e não deixar-se levar pelo
sentimento pessimista generalizado.
Não é um preceito esotérico e muito menos uma frase feita extraída de um livro de “autoajuda”, mas se cada vez que o cidadão comum for postar um lamento na rede social, a denunciar que a música atual é um "lixo" e pior ainda, cair na armadilha dos marqueteiros inescrupulosos, ao gastar a sua postagem para denegrir a imagem de artistas que professam a baixa estratificação cultural, na verdade, você estará a fornecer-lhes, mais notoriedade.
Creio que a melhor medida é nadar contra a maré, arquitetada pelos artífices de tudo isso e assim, ao invés de reclamar e/ou atacar, usar o seu poder individual na internet (e nas relações sociais não virtuais, igualmente), para difundir artistas que militam no mundo underground, com grande dificuldade para atrair a atenção do público. E isso, eu posso garantir, temos em enorme proporção. Em suma, artistas inspirados, muito bem preparados tecnicamente pela formação musical e no apuro pelo áudio em termos de gravação de seus trabalhos mediante o uso de equipamentos de ponta, com mensagem artística forte, amparados pela literatura e sob as mais nobres influências de uma arte edificante, existem em enorme profusão. Descobri-los e difundi-los, não é difícil, pela existência (ainda) de uma internet livre, portanto, basta pesquisar, que eles estão aí.
Não é um preceito esotérico e muito menos uma frase feita extraída de um livro de “autoajuda”, mas se cada vez que o cidadão comum for postar um lamento na rede social, a denunciar que a música atual é um "lixo" e pior ainda, cair na armadilha dos marqueteiros inescrupulosos, ao gastar a sua postagem para denegrir a imagem de artistas que professam a baixa estratificação cultural, na verdade, você estará a fornecer-lhes, mais notoriedade.
Creio que a melhor medida é nadar contra a maré, arquitetada pelos artífices de tudo isso e assim, ao invés de reclamar e/ou atacar, usar o seu poder individual na internet (e nas relações sociais não virtuais, igualmente), para difundir artistas que militam no mundo underground, com grande dificuldade para atrair a atenção do público. E isso, eu posso garantir, temos em enorme proporção. Em suma, artistas inspirados, muito bem preparados tecnicamente pela formação musical e no apuro pelo áudio em termos de gravação de seus trabalhos mediante o uso de equipamentos de ponta, com mensagem artística forte, amparados pela literatura e sob as mais nobres influências de uma arte edificante, existem em enorme profusão. Descobri-los e difundi-los, não é difícil, pela existência (ainda) de uma internet livre, portanto, basta pesquisar, que eles estão aí.
Portanto, acredito que a tomada de consciência
parte de nós, mesmos. Que não gastemos mais o tempo para espalhar a angústia
desoladora, mas ao contrário, espalhemos gotas revitalizantes de otimismo e ao
contrário do que observamos na internet, artistas incríveis estão a atuar, e só
precisam ser enaltecidos para crescer e encontrar um lugar ao sol. Ignoremos o que os marqueteiros impõem através das
trilhas das novelas, programação das emissoras de rádio e os programas
popularescos da TV. Espalhe o que é bom e para de fortalecer o pessimismo nas
redes sociais.
Matéria publicada inicialmente no Blog Limonada Hippie, em julho de 2018