quinta-feira, 18 de julho de 2019

CD Springtime / Wejah - Por Luiz Domingues


O Wejah é um grupo que foi formado nos idos de 1982, fortemente inspirado pelo Rock Progressivo setentista, sob várias vertentes e a acrescentar doses generosas dos gêneros: Jazz-Rock, Fusion e música instrumental em geral. 

A década de oitenta, como é bem sabido, não foi nada favorável para uma manifestação artística versada por tais estéticas e pelo contrário, revelou-se hostil para os artistas, que mesmo veladamente insinuassem em seus trabalhos, tais nobres influências de um passado considerado apócrifo pelos detratores em voga, portanto, a culminar em uma dificuldade tremenda para projetar-se adequadamente. 

Dessa forma, a extrema contrariedade com a qual artistas dessas vertentes obtiveram para expressar-se, ganha ao olhar moderno, uma avaliação positiva ainda maior, pois a despeito da sua arte pautada pela excelência musical, o simples fato em ter tido tantas dificuldades para poder trabalhar, faz com que só possamos ter ainda mais admiração pela sua obstinação ante os obstáculos impostos. 

Nesses termos, o Wejah foi valente e resistiu até demais, ao construir uma carreira que durou até o início dos anos noventa. Houve uma tentativa de retomada das atividades ao final dessa década, mas não bem sucedida, infelizmente, e somente em meados dos anos 2000, a banda reuniu forças para voltar à cena, com maior desenvoltura e desde então vem a trabalhar fortemente dentro das suas convicções artísticas e estéticas. 
Eis que o seu último lançamento foi então através do CD denominado, “Springtime”, gravado em 2006 e lançado no início de 2007. E nada poderia ter sido melhor do que apontar para a perspectiva de uma florida e alvissareira primavera, após um longo inverno, não resta dúvida. 

Tal trabalho apresenta canções absolutamente inéditas, gravadas entre 2003 e 2006, e a contar com três diferentes formações da banda (incluso a primeira, original dos anos oitenta), sempre conduzida pelos obstinados irmãos Sanchez: Nelson e Jorge. Foi lançado como CD tradicional em 2007 e recentemente, início de 2019, o trabalho foi incorporado em diversas plataformas digitais.
Os dois primeiros álbuns do Wejah: "Renascença" (1988) e "Sendas" (1996)

Ao escutar tal obra, chama a atenção que o lado mais Fusion da influência desses artistas, não deixa que exista um peso excessivo na sua criação e isso tem o lado bom, na medida em que muitos grupos Neo-Progressivos (principalmente após os anos noventa), buscam inspiração em artistas que mesclam o velho e bom Rock Progressivo setentista, com tendências pesadas, oriundas de vertentes do Heavy-Metal e particularmente, isso desagrada-me. 

Claro, trata-se de uma mera opinião pessoal, mas eu considero que mesmo ao analisar grupos setentistas que trabalharam com peso em suas respectivas obras e são muitos os bons exemplos nesse campo, com o King Crimson como uma referência forte, só para citar uma, eu penso que grupos mais modernos que resgataram o Rock Progressivo nos anos noventa e dois mil, mas ao acrescentar correntes oriundas do Heavy-Metal, não fizeram a leitura correta do que realmente representou o Prog-Rock setentista em sua essência e nesse sentido, ao fundir com o Metal, inventaram uma receita indigesta.

Bem, não é o caso do Wejah, e como já observei, essa influência do Fusion que os seus componentes observam, tratou por não haver a menor possibilidade de existir um peso inconveniente em seu trabalho, mediante a observação de timbres e maneirismos que simplesmente não combinam adequadamente com o conceito do Prog-Rock clássico. 

E mais um detalhe, o Wejah trabalha com uma vertente mais amena do Prog-Rock em si, onde busca-se uma maior aproximação com o som mais sinfônico, em paralelo ao Soft-Rock de uma maneira geral ou a trocar em miúdos, há o lado mais a pender para o som de Vangelis, principalmente naquela fase em que este grande tecladista grego construiu um projeto com o vocalista do Yes, Jon Anderson, para situar melhor o leitor.
O Wejah em foto ao vivo, sob formação como Power Trio, por ocasião do lançamento do CD Springtime. Teatro Santos Dumont, em São Caetano do Sul-SP, no ano de 2007 


Sobre a atuação individual dos componentes no álbum, é realizada sob alto nível técnico, com muito bom gosto nas performances individuais e no tocante ao arranjo coletivo, que é bem amparado por uma ótima produção de áudio, e a incluir-se nesse bojo, o bom uso de timbres, a sobressair a opção sempre agradabilíssima em torno da escolha pelo padrão vintage. Em suma, a reforçar a ideia de que seja uma experiência prazerosa escutar tal álbum. 

Não se trata de um trabalho exclusivamente instrumental, embora as canções mostrem-se quase que inteiramente construídas nesses termos. No entanto, observa-se pequenos trechos cantados em algumas faixas e embora a atenção despendida à vocalização seja menor, quando a cantoria aparece, tem uma qualidade muito grande, tanto na composição das melodias propostas, quanto na interpretação. E a opção é pelo uso do idioma inglês, e por conta desse detalhe, certamente tratou-se de uma estratégia da banda para adequar-se ao mercado internacional.
Sobre a capa do disco, a imagem usada foi a de uma paisagem cósmica, penso que uma foto obtida por um telescópio ou satélite. Sóbria, bonita e ao mesmo tempo profunda, por mostrar a amplitude do Universo e o logotipo da banda, que é muito funcional e ao mesmo tempo bem estiloso, compõe bem a imagem frontal dessa arte gráfica. Concepção e arte final do guitarrista, Nelson Sanchez. Enquanto o leitor prossegue nesta leitura, convido-o a escutar o álbum, “Springtime”, na íntegra:


https://www.youtube.com/watch?v=GiPmV5mIT_Y 

Sobre as canções em si, resta-me observar mais alguns detalhes. 
O Wejah ao vivo, como quarteto, desta feita, durante o Festival de Inverno de Paranapiacaba, em Santo André-SP, no ano de 2008

“Beginning of Life” 

Com uma introdução bem climática, a destacar-se os teclados e a presença de sussurros fantasmagóricos, este tema desenvolve-se posteriormente em torno de uma bela levada de bateria e baixo, ao dar vazão para uma sucessão de acordes bem desenhados pela guitarra. Após uma desdobrada rítmica estratégica, acontece a parte cantada. Ao final, a bateria avança sob uma sutil intenção tribal e encerra-se o tema, mediante uma boa base obtida através do sintetizador e um bom solo de guitarra, mediante o seu timbre limpo.

“First Spring Flower”

Revela-se muita boa a condução rítmica inicial, gostei muito. Depois disso, uma base intermitente do sintetizador mostrou-se muito criativa. Apreciei bastante os ricos desenhos executados pela guitarra, tudo muito bem encaixado e a seguir, um solo de piano, muito bonito. O vocal entra e depois abre caminho para um solo de guitarra. O uso do recurso amparado por onomatopeia melódica, a la George Benson, é bem interessante.

"Insanity"

Logo no começo, uma insinuação de solo de baixo, chama a atenção. O tema fica mais pesado a mostrar densidade, e assim, impressiona o arranjo a privilegiar a inclusão de uma camada de teclados, muito bem concatenada. O uso da fórmula de compasso 6/8, traz a sutileza da influência jazzística e abre espaço para um solo de piano. Sussurros são escutados ao final, para garantir uma atmosfera misteriosa e o som do piano encerra a canção com uma intervenção deveras criativa.
A formação do Wejah, como trio, e que gravou várias faixas do CD Springtime   

"Burned Out"

Canção balançada, praticamente a caracterizá-la como um R’n‘B, apresenta um bom solo ao sintetizador e posteriormente, ocorre um outro momento solo e ótimo, desta feita executado ao piano elétrico. Gostei da parte toda arpejada pela guitarra, do solo posterior e da segunda voz em contraponto, ao final da música.

"North South East West"

Com boa base harmônica ao sintetizador, e também o solo ameno de guitarra, começa bem esta faixa. Apreciei a base desdobrada para dar vazão a um solo climático. A voz bem processada com uma reverberação mais profunda, também mostrou-se criativa e a linha de bateria ficou excelente.
O Wejah ao vivo, no Parque Chico Mendes, em São Caetano do Sul-SP, no ano de 2007

"The Path"

Este tema, mostra-se bem denso, lembrou-me a canção, “Squonk” do Genesis, pela intenção. Apreciei bastante a sua sonoridade.

"Bragdah"

Talvez a música mais explicitamente influenciada pelo Jazz-Rock setentista clássico, mostra uma quebradeira rítmica memorável da parte pelos instrumentistas da banda. Gostei das convenções mais complexas, executadas com extrema habilidade.

"Box of Surprises"

Mais um tema a demonstrar destreza técnica de todos os componentes desta banda, também chamou-me a atenção um solo de baixo e a parte quebrada, onde a voz foi muito bem delineada. Gostei igualmente do solo final e dos efeitos propostos pelos teclados, a garantir uma sensação de loucura, no melhor sentido dessa expressão. 
O Wejah ao vivo no auditório da livraria Cultura, no Shopping Vila Lobos, em São Paulo, em 2008

Recomendo a audição deste álbum, assim como a discografia geral do Wejah (álbuns: "Renascença", de 1988, e "Sendas", de 1996), por tratar-se de uma banda com influências nobres em sua formação artística, a contar com ótimos instrumentistas e inspirados compositores.

Gravado no estúdio próprio da banda em São Caetano do Sul-SP, e no Pro Studio, além do apoio de outros estúdios não arrolados, entre 2003 e 2006
Técnico de som (captura), mixagem e masterização: Cassio Martin
Capa (criação e lay-out): Nelson Sanchez
Produção Geral: Wejah

Formação do Wejah na faixa, "Insanity"

Nelson Sanchez: Guitarras

Jorge Sanchez: Voz e Baixo

Marcelo Perez: Teclados
Braulio Veiga: Bateria

Formação do Wejah nas faixas: “Beginning of Life”, “First Spring Flower”, “Bragdah” e “Box of Surprises”:

Nelson Sanchez: Guitarras

Jorge Sanchez: Baixo e Voz

Wladimir Augusto: Bateria

Formação do Wejah nas faixas: "Burned Out", "The Path" e "North South East and West"

Nelson Sanchez: Guitarras

Jorge Sanchez: Baixo e Voz

Marcelo Perez: Teclados

Luiz Fernando: “Piriquito”

Produção independente

O Wejah sente a aspereza do mercado, que sempre foi muito duro para o Rock Progressivo e neste momento de 2019, diante do quadro atual, ainda mais e apenas planeja compor novas músicas, mas sem perspectiva para lançamento ou mesmo shows ao vivo, por enquanto. No entanto, sinceramente, espero que oportunidades surjam para que esses artistas voltem a apresentar-se com maior regularidade e lançar novos trabalhos. Trata-se de um trabalho feito sob alto padrão técnico, a esbanjar criatividade e nobres propósitos. 

Para conhecer melhor o trabalho do Wejah, acesse:

Página do Weah no Facebook: 

https://www.facebook.com/wejah.progjazzrock 

Canal do You Tube: 

https://www.youtube.com/channel/UC_3elwKwmUciy9JF-3jocIw 

Álbum disponível nas plataformas digitais: Spotify, Deezer e Apple Music

Informações em sites especializados em Rock Progressivo: Progarchives, Progbrasil e outros:

https://cabezademoog.blogspot.com/2012/12/wejah-springtime-2007.html?fbclid=IwAR32tf2fUr2MpJ3cNPgjmQaL_WHBdG_o5nuvZi6MSxfkQtx1hPsTgylNpc8

http://www.progarchives.com/artist.asp?id=4296&fbclid=IwAR3FDbVc3wTHgW7As5VGjvnGZ0NB_KKSjwwQAuH   PvYKwaODRULQrBHBj64U

terça-feira, 2 de julho de 2019

CD Older Than Time / Canyon - Por Luiz Domingues

O CD “Older Than Time”, é o mais recente lançamento da excelente banda, Canyon, oriunda de São Luís, a capital do estado do Maranhão. 

Bem, como é público e notório, essa bela capital nordestina tem uma forte tradição em torno do Reggae e para muitos críticos musicais, é considerada um pedaço da Jamaica no Brasil, tamanha a força de tal cena ali. Entretanto, é um erro crasso estigmatizar uma cidade (e um estado), por um único estilo musical, pois é evidente que isso não é uma verdade absoluta, visto que outros segmentos são bem apreciados, ainda mais ao tratar-se de uma capital com vida cultural pulsante e sintonizada no pensamento cosmopolita, naturalmente. 

Pois o Canyon é um bom exemplo de como a cidade tem artistas sintonizados em outras escolas, pois eis aqui uma banda fortemente influenciada pelo Rock dos anos setenta, e sobretudo focada nas vertentes do Hard-Rock e Progressive Rock. Desde 2009 na estrada, essa banda já tem muitos lançamentos em sua ótima discografia e agora acrescenta o excelente álbum, “Older Than Time” em seu currículo.
Neste novo trabalho, o Canyon mantém a sua determinação em trabalhar com afinco entre essas duas vertentes citadas acima, com muita qualidade técnica, criatividade e inspiração. E também segue a cantar em inglês, uma escolha certamente a visar uma adequação ao mercado internacional, portanto trata-se de uma aspiração válida. 

Gostei muito do capricho da banda no tocante aos arranjos. Nada escapa, há um trabalho minucioso para dar um bom acabamento, com pontes e convenções que enriquecem o trabalho. Os timbres dos instrumentos também agradaram-me bastante, a buscar o máximo da identidade vintage, algo vital para um tipo de banda que busca a sua inspiração em influências tão nobres do passado. 

E para completar o assunto sobre o áudio, esse álbum detém um padrão de gravação muito bom, com uma mixagem correta, onde ouve-se tudo no lugar, devidamente. 

É também sensacional, saber que o baterista da banda, Ítalo Silva, foi o técnico de som no processo de captura, mixagem e masterização, deste trabalho, ao demonstrar talento extra e mais do que isso, saber como ninguém que som buscar nessa complexa operação técnica, em suas três etapas.

No tocante à capa, gostei bastante da ilustração frontal. Plena em simbolismo, evoca muitos signos do esoterismo, shamanismo, sabedoria ancestral e afins. Trata-se da figura de um ancião (talvez indígena pelas suas feições), devidamente desconstruído no sentido abstrato, a lembrar vagamente uma menção ao estilo cubista, com uma caverna às suas costas, a sugerir muitas camadas e denotar dessa forma, a questão da passagem do tempo. 

De fato, como o título da obra sugere, é mais velho que o tempo o local onde alojam-se os segredos herméticos. Em suma, uma bela ilustração para sacramentar uma temática tão grandiosa e misteriosa. Além do mais, gostei muito da sua resolução em si, rica em sua arte, com muitos detalhes nas bordas, ou seja, a se tratar de um trabalho muito caprichado. 

E tudo melhora quando toma-se conhecimento de que o responsável pela criação e lay-out desse ótimo trabalho gráfico é um outro um componente da própria banda, no caso, Ramon Silva. Portanto, o controle total da embalagem, tanto no áudio, quanto na parte gráfica, faz do Canyon uma banda com a uma qualidade a mais, e que revela-se como algo extraordinário em termos de autossuficiência artística e operacional.

Por enquanto, o álbum existe apenas virtualmente, entretanto, a banda planeja o seu lançamento em plataforma física, em formato de CD tradicional, para breve. Em relação às canções em si, eu tenho algo mais a acrescentar. 

Ouça o álbum na plataforma, “Bandcamp”, enquanto segue a ler esta resenha.

https://canyon1.bandcamp.com/album/older-than-time?fbclid=IwAR2MRI-S4ziHRPM7HK-D-6c3ofTg0eQwJ0a90sXTlF26QL78scA81e6myBY

“Fight Them”

Eis aqui umm belo Hard-Rock, com ênfase no riff bem construído, a conter peso e com elementos Prog-Rock, inclusos. Revela-se muito boa a intervenção de um solo de sintetizador, além de uma parte desdobrada da condução rítmica. Apreciei também o peso do baixo a sugerir o uso de bicordes como um recurso interessante.

“Hard Life”

O início a conter arpejos rápidos, lembrou-me bastante o trabalho do Rush em seus primeiros dias. A ótima melodia é amparada por uma base harmônica bem bonita. O refrão manteve o padrão, com uma fluência muito boa. 

Gostei também da parte desdobrada e dos efeitos obtidos via sintetizador. Uma mudança brusca vem a seguir e a música caminha para um tema mais pesado, onde a linha de bateria impressiona pela condução técnica, muito boa. Eis que mais um riff muito criativo surge, e desta vez com um ar diferente, quiçá inspirado em trilha sonora para o cinema, tamanha a sua grandiloquência. E o detalhe ao final, é singelo, quando ouve-se um harmônico a sugerir o sinal sonoro que antecede recados em saguão de aeroporto.

“Sorceress”

A impressão que eu tive ao ouvir esse vigoroso Hard-Rock, foi imediata em lembrar-me do som do grupo de Rock britânico, "UFO", nos anos setenta, onde a boa melodia sempre andava em sintonia com a condução vibrante e trata-se exatamente dessa prerrogativa que o Canyon fez uso nesta música.

“Sleeping Lady”

Essa é uma bela balada e a conter surpresas em seu decorrer. Começa com um emotivo solo de guitarra com a banda a estabelecer uma condução excelente e onde sobressai o bom uso dos timbres para cada instrumento. E a seguir, não há nada melhor que uma sonoridade mais amena, onde a massa sonora mais atenuada dá margem para que se preste uma melhor atenção em tal tipo de detalhe. 

A beleza dessa harmonia, muito bem amparada pela divisão rítmica, ativou a minha memória no sentido para lembrar-me do trabalho do "Renaissance", outra memorável banda Pro-Rock britânica dos anos setenta. Bem ao estilo Progger, a suíte evolui para apresentar um ótimo solo ao sintetizador, com o apoio de um ritmo quebrado e assim vai até o final, mediante mais sutilezas rítmicas e o bom uso dos teclados.

“Iron Giant”

Apesar do Riff com teor Bluesy, temos aqui um tema com forte orientação Prog-Rock, de novo e certamente a lembrar em alguns aspectos o som do grupo germânico, "Guru-Guru", para que dessa maneira, se possa igualmente buscar a identidade da escola Krautrock setentista. Em suma, só boas influências para redundar em uma boa resolução.

“Lunar Eclipse”

Mais uma canção a explorar muito bem o uso de teclados. Há um solo super climático, realizado com extrema sensibilidade, gostei muito.

“Older Than Time”

Há novamente, como na faixa anterior, uma certa percepção em prol do Blues-Rock. Uma parte amena sobrevém e a canção encerra-se mediante o uso de um Riff que finaliza-se, abruptamente.

“Questions No Answers”

Eis um Soft-Folk com um trabalho muito bonito dos vocais, inclusive com o uso do recurso do contraponto. Mostra-se muito bom o solo de guitarra e o mesmo se observa em relação à parte mais pesada e igualmente, o uso de uma locução com a voz bem processada, a conferir uma eloquência.

Estou feliz por verificar que o Canyon está a prosseguir com muita força em sua trajetória. Mais do que persistir, enxergo um frescor em seu trabalho, fruto naturalmente da experiência adquirida em conjunto com a qualidade individual de seus componentes e com um dado a mais, a criatividade que é uma questão de talento nato. 

Além de todos esses elementos, há a questão da cultura Rocker avantajada que esses rapazes possuem e assim, parece muito óbvio que fazer boa música é algo natural para quem conhece profundamente, as suas próprias influências. Sendo assim, a minha recomendação é evidente, o Canyon merece a nossa atenção, apreço e apoio, sempre.

Gravado, mixado e masterizado no Aeon Studio de São Luís-MA

Técnico de som (captura, mixagem e masterização): Ítalo Silva

Produção: Ítalo Silva e Canyon

Capa (criação e Lay-out): Ramon Silva

Formação do Canyon:

Ítalo Silva: Bateria

Jobson Machado (Guitarra, Teclados e Voz)

Leo Vieira (Baixo e Flauta)

Ramon Silva (Guitarra e Voz)

Para conhecer melhor o trabalho da banda, acesse:

Página do Canyon no Facebook:


E através das plataformas digitais:

Spotify, Deezer, Onerpm, Apple, Google Play e Bandcamp.