Obscuro, de
certa forma subestimado, todavia bastante interessante em sua apresentação, o
filme, “The Perfect Age of Rock’n’Roll (“A Era Perfeita do Rock”), trata sobre uma
história a respeito de frustrações em torno de erros cometidos por traições,
basicamente. São pequenos deslizes que se cometem o tempo todo, mas quando um desses
enganos é descoberto, o estrago é enorme o suficiente para arruinar todo um
esforço conseguido a duras penas.
Filme com
baixo orçamento, é bem verdade, no entanto, não desponta por conta de sua
simplicidade em termos de recursos, pois investe bastante na trama em si e
tanto pela sua direção, quanto pelo desempenho dos atores, envolvidos, não
desaponta e pelo contrário, mostra um surpreendente resultado em termos
dramáticos. É permeado por uma boa trilha, igualmente e claro que ao tratar-se
de Rock Movie, esse item em específico reveste-se de uma quase obrigação,
certamente, mas nem todo Rock Movie prima por observar o capricho na questão
musical, por incrível que pareça e sendo assim, mais um ponto positivo para
esta produção.
Sobre a
história, apesar dos inevitáveis clichês arquitetados pelo roteiro, constrói
uma teia dramática interessante com personagens a mostrar características em
termos de personalidade, muito fortes e com o devido antagonismo para gerar os
inevitáveis conflitos.
Um repórter
de uma famosa revista musical (revista Revolver), está a caçar o depoimento do
vocalista de uma banda de Rock (The Lost Soulz), que interrompera as suas
atividades abruptamente por conta de brigas internas entre os seus integrantes,
há muitos anos atrás, após ter lançado dois discos de sucesso e por conta dessa
ruptura, ter abandonado a gravação do terceiro disco, pela metade. Esse sujeito
(conhecido como Spyder, interpretado por Kevin Zegers), está agora mais
envelhecido e bem decadente, mas não por isso apenas, bastante amargurado e
recluso socialmente.
Ele recebe o repórter, Clifton Hangar (interpretado por
Lukas Haas), tem uma linha de atuação investigativa, bem incisiva e não
impressiona-se com o mau humor e relutância amargurada de Spyder em conceder
uma entrevista no limite, o tempo todo a ameaçar encerrar a conversa e dar por
encerrada a conversa. Nesses termos, em meio a uma casa muito mal tratada, o
veterano Rocker parece um maltrapilho a viver de migalhas e ressentimentos, e
mesmo sob enorme desconfiança, passa a responder. Quando o repórter toca no
assunto do terceiro álbum perdido, Spyder enlouquece e quase parte para a s
vias de fato, mas logo supera a sua crise de fúria e o repórter, muito
perspicaz, sabe bem que a sua estratégia em tocar diretamente no ponto da
discórdia que gerou toda essa raiva, haveria de provocar no seu entrevistado a
vontade em desabafar. E assim, como risco calculado, o repórter obtém o que
quis extrair mediante a sua tática e o Rocker passa a falar do passado. Bem, o
inevitável “Flashback” ocorre.
Volta-se
vinte anos no tempo e a época é o início dos anos noventa, 1991 para ser
preciso. Vemos um outro personagem, Eric Genson (interpretado por Jason
Ritter), um adulto jovem, a ministrar aula de música para crianças em uma
escola. Spyder aborda Eric que o trata com uma certa frieza, a denotar desconfiança.
Ambos haviam sido amigos de infância, quando sonharam juntos com o Rock e
formaram bandas de garagem. Eric escrevia as canções e eles haviam gravado uma
demo tape. A ideia de Eric seria a de viajar de carro pela “Rota 66” a sair de
sua remota cidade interior localizada no interior do estado de Ohio, até Los
Angeles, Califórnia onde pretendia entregar o material para ser avaliado por uma
gravadora grande. Mas Spyder agiu mal, e foi sozinho com tal material e formou
uma banda chamada: “The Lost Soulz”, que atuara ao final dos anos oitenta com
bastante sucesso e gravara dois discos.
Tal sucesso fora construído portanto
com as músicas de autoria de Eric. Porém, agora, Spyder estava em um processo
decadente e resolvera procurar o seu velho guitarrista, para fazer as pazes e convidá-lo
a entrar na banda e gravar enfim o terceiro álbum, para colocar a banda na
estrada e retomar a sua escalada de sucesso. Só existe um problema nessa
equação: Eric nunca aceitara a traição, mas estava conformado com a vida
pacata, longe dos holofotes e apenas a ministrar aulas de música para crianças.
Dessa forma,
Eric guardava muita mágoa e com toda a razão e sobretudo, alimentara uma enorme
desconfiança sobre Spyke. Tudo bem, foram muito amigos na infância e
adolescência, construíram juntos um início de carreira vitoriosa até certo
ponto, entretanto, as atitudes tresloucadas de Spyke, pôs tudo a perder, com tal usurpação do material, indevidamente.
Através desse contexto a confrontar as respectivas personalidades de ambos,
tudo fica claro para o espectador: Eric é focado, prudente e comedido e Spyder
é carismático, intenso e muito inconsequente, para não dizer, inescrupuloso. Há
portanto um lado bom e outro mau para ambos, e isso é interessante na
construção dos personagens.
Por ser
bastante impetuoso, Spyder abordara Eric de uma forma obstinada e não aceitaria
uma simples resposta negativa, para desistir. Portanto, ele força a barra e
auto convida-se para jantar e talvez até a pernoitar na residência de Eric, que
conhece bem o temperamento do ex-amigo. Bem, constrangimento à parte, Spyder abre
o jogo a diz para Eric que quer retomar a gravação do terceiro álbum. E a
verdade é que Spyder mostra-se um cantor bom e dotado de um carisma, como marca
pessoal sua, mas não é compositor e toda a usina de ideias que alimentara a sua
carreira até ali, simplesmente fora devidamente amealhada por Eric. Portanto,
não foi apenas pela motivação de reconciliar-se com ele, que Spyder fizera a
abordagem, mas sobretudo por precisar dele como o principal responsável pela
criação de novas canções e nesses termos, sem Eric, seria inviável projetar uma
volta à cena do “The Lost Soulz”.
A empresária
de Spyder, Rose Atropos (interpretada por Taryn Manning), chega e porta-se como
se já estivesse tudo combinado para a banda voltar à ativa com um novo
guitarrista. Estava tudo armado por Spyder, ao projetar que Eric aceitaria de
pronto a proposta e embarcaria com ambos no primeiro avião para entrar em
estúdio e compor, arranjar e gravar um disco em pouco menos de um mês. No entanto, Eric
reluta e a inevitável conversa tensa sobre o passado ocorre, a relembrar as
brigas, o caráter incompatível de ambos e o pior de tudo, a usurpação das
músicas que tornou Spyder famoso e Eric, o autor das canções, na obscuridade.
Em meio a
uma conversa ríspida, com troca de acusações e revelações sobre o que realmente
um pensa do outro, eis que Eric pondera e aceita a missão, contudo, ele impõe uma
condição: que a viagem seja feita através de um “Motor Home” (o popular,
“Trailer”, como é conhecido no Brasil), ao invés de avião, para realizar enfim
o seu sonho. A empresária desespera-se, pois além da urgência para gravar-se
esse disco, ela não está acostumada a viajar assim, portanto mostra-se
indignada em ter que rodar milhares de milhas em meio ao deserto, a sofrer com
calor e outros desconfortos típicos. Além de tudo, ela está a ser pressionada
pelo executivo de gravadora, que não para de ligar e atormentá-la (Ace
Millstone, interpretado pelo veterano ator, Billy Dee Williams). No entanto,
trata-se de uma condição sine qua non para Eric que tirante o seu sonho, alega também
precisar de tempo e inspiração para compor e dessa forma, a viajar pela via
rodoviária, seria o ideal para ele buscar a sua inspiração.
Entra em
cena então um personagem essencial, August West (interpretado pelo veterano e
aclamado ator, Peter Fonda). August fora empresário do pai de Eric quando este
fora um famoso guitarrista de uma banda de Rock dos anos setenta (Chip Genson,
interpretado por James Ransone), e conhecia não apenas os meandros da indústria
do show business, como a estrada em si, figurada e literalmente a dizer-se. Ele
era o dono do carro e levaria a trupe nessa aventura pela rodovia. Bem, que
luxo incrível ter no filme um ator do gabarito de Peter Fonda, visto ser ele um
egresso do tipo de filmes mais contraculturais que o cinema comercial chegou
perto, nos anos sessenta. Freak contumaz na vida real, participante da famosa
fraternidade formada por atores simpatizantes da contracultura nos anos
sessenta, amigo pessoal de inúmeros astros do Rock; protagonista de filmes
seminais, tais como: “Easy Rider, “The Trip” e “The Wild Angels” entre
inúmeros outros, Fonda é considerado um ícone no segmento dos ditos, “Road
Movies”, portanto, foi o ator perfeito para interpretar esse personagem.
A viagem
inicia-se finalmente e são muitos os momentos interessantes nesse trecho do filme. Eric a
compor com uma guitarra Gibson Les Paul ou um violão vez por outra (que aliás,
o emociona, pois este instrumento pertencera ao seu pai), dentro do carro ou em
paradas pelos postos de gasolina, Spyder a destilar o seu mau humor crônico e
reclamar de tudo, a altiva, mas bastante decidida, Rose, também a reclamar da
viagem, mas secretamente a perceber que ele estava a funcionar aos propósitos,
justamente por conta dessa ambientação para compor um bom material e a figura
de August, a mostrar-se um sujeito bem humorado na maior parte do tempo e
sobretudo, muito experiente para lidar com Rockers em todas as circunstâncias.
August logo percebe que Spyder
faz o gênero temperamental, mas em seu âmago, tal atitude irascível é apenas
uma proteção para disfarçar um sujeito atormentado pelo sentimento de baixa
autoestima. E também logo percebe que a tensão sexual entre Eric e Rose vai
produzir uma faísca inevitável, a qualquer momento, mesmo a saber que a moça já formou um casal no passado, com Spyder. Além do mais, Rose é muito bonita, é jovem
e veste-se de uma forma Rocker sensual, portanto, seria apenas uma questão de
tempo.
Outro ponto
interessante, por ser filho de um guitarrista que fora um Rock Star nos anos
setenta, Eric herdara o talento para tocar e compor, mas mantinha um trauma gerado
por causa das atitudes do seu pai, a culminar em sua destruição gerada pelo abuso
com drogas. Portanto, recondidamente, nutria desde sempre o receio por destruir
a sua vida, igual ao seu pai. Através de
August, cenas do passado do pai são mostradas, com a figura de Chip Genson em
situação deplorável, em camarins de shows com grande proporção em arenas lotadas, por exemplo.
Um momento
lúdico ocorre, quando August, enquanto dirige, comanda uma trilha sonora muito
boa, regada com sons vintage das décadas de sessenta e setenta e propõe
brincadeiras, em ritmo de “quiz”, com perguntas e respostas sobre tais
artistas do passado. Rose e Spyder rapidamente ficam entediados por não
dominarem o assunto, mas Eric conhece tudo, ao denotar ter um domínio sobre a
história do Rock. É um momento bom para o espectador também testar os seus
conhecimentos e eu só posso dizer que pela minha idade, quando assisti esse
filme, acertei tudo, ao confirmar que tais décadas citadas não estão apenas guardadas
com carinho em minha vivência natural, como também pela minha predileção óbvia
em torno da sua produção artística.
Eis que
August resolve parar em um pequeno rancho que pertence a uma ex-namorada sua,
uma mulher chamada, Maggie (interpretada por Kelly Lynch), e a recepção por
parte dessa senhora com espírito jovem/hippie, não é das melhores, por conta
de problemas pessoais que ambos tiveram no passado, mas logo ela aceita o
pernoite da trupe e fica tudo bem. Eric já compôs muitas canções nesse ínterim,
mas a velha rusga com Spyder volta à tona e não seria para menos, pois o
vocalista é um sujeito bastante inconveniente.
Tudo piora quando o inevitável
ocorre, ao confirmar as suspeitas de August e também de Spyder, pois Eric e Rose
ficam juntos. Spyder tem uma crise de ciúmes, bebe e sai na chuva ao vociferar
estar a abandonar o projeto etc. e tal. Eric vai atrás e após uma briga literal,
através das vias de fato, eles acalmam-se e vão beber em um bar frequentado por
pessoas negras, exclusivamente. Não são maltratados por serem brancos e
cabeludos, mas percebe-se um clima de estranheza no ar. Essa parte do filme é
sensacional, pois uma banda de blues formada por músicos veteranos da vida
real, está a tocar. Vê-se a presença de: Pinetop Perkins, Sugar Blue, Hubert
Sumlin, Bob Stroger e Willie “Big Eyes” Smith. E ali produz-se um blues
genuíno, da melhor qualidade. Os dois Rockers brancos são provocados, quando
descobre-se que são músicos e assim, são desafiados para subir ao palco e tocar
com os velhos bluesman. E o som flui sensacional, com todos a divertirem-se muito,
com a execução do clássico: “Train Kept a Rollin’. E ainda com direito a uma
provocação, pois insinua-se que os brancos devam pensar que a música é de
autoria do Aerosmith (O grupo inglês, The Yardbirds também a gravara nos anos
sessenta), quando na verdade, a canção é uma criação de Tiny Bradshaw.
Dessa
improvisada experiência, surge a ideia de aproveitar-se a viagem para a banda
atuar ao vivo em espeluncas de estrada e assim, ser possível testar as músicas novas. A
banda então faz shows em pequenas casas de beira de estrada e afinal de contas,
estão na famosa “Route 66”, portanto, melhor inspiração não poderia existir. O
baixista e o baterista tem pouca menção no filme. O baixista aliás, é
interpretado por um ator que é músico de fato e já teve destaque como
guitarrista de Billy Idol e por ter tocado em outras bandas entre as quais o
The Cult. Trata-se de Billy Morrison, que interpretou, Fashion Jones.
Enfim a
banda chega em Los Angeles e toda a apreensão da parte dos produtores da
gravadora, dissipa-se, visto que a banda tinha um novo material muito bom para dispor
e assim, o álbum é gravado. No entanto o disco não é lançado, visto que nesse
ínterim, o tal fato imponderável ocorre, para destruir tudo. A gravadora paga
um bom dinheiro adiantado e organiza uma festa bastante glamorosa. Eric fica
encantado com um carro novo conversível que recebe como presente e sai para dar
uma volta. No quarto do hotel onde a banda está hospedada, Rose arruma-se em
seu quarto, quando recebe a visita de Spyder e com ambos bem alterados pelos
excessos cometidos com bebidas, eis que entregam-se ao sexo e tal qual enredo de novela
brasileira, é claro que Eric entra no recinto nesse mesmo instante e flagra
ambos em situação indisfarçável.
Ele não briga, mas apenas dá as costas e sai.
Spyder e Rose revelam-se desesperados, pois aquilo fora uma atração efêmera e
que não significara uma traição propriamente dita, mas é óbvio que seria
difícil para o Eric encarar dessa forma. Bem, Spyder vai atrás de Eric, que
entra no carro e some do local. August fica muito contrariado ao saber, pois
logo percebeu que tudo fora jogado fora, com a banda arruinada, e desta vez,
para sempre. Não é mostrada a morte de Eric, mas isso é insinuado
subliminarmente.
O filme
encerra-se com o “Flashforward” a mostrar o repórter da revista Revolver muito
impactado pela história que acabara de escutar da parte de Spyder. Então, o
rancoroso ex-vocalista abre um armário e joga nas mãos do repórter, as fitas
que continham a gravação do álbum não finalizado pela banda. O tesouro perdido
está em suas mãos e ele mal acredita nesse desfecho. Bem, é publicada a seguir
a reportagem na revista, a repercutir a bomba gerada pela descoberta das fitas
originais.
O filme foi
baseado na premissa da maldição construída em torno da morte de um Rock Star
aos vinte e sete anos de idade, para seguir a tradição da lenda sessentista que
iniciou-se com as mortes de Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim
Morrison, a contar com um curto espaço entre um e outro e todos a falecer ao
ostentar essa idade tão precoce. O lendário bluesman, igualmente falecido com
essa tenra idade, Robert Johnson, é incluso nesse seleto rol e com direito a
uma bonita menção logo no início do filme e também ao final.
Outras duas
referências sutis precisam ser registradas. O nome escolhido para o personagem
do repórter, “Clifton Hanger”, é o nome que o falecido tecladista do grupo
Grateful Dead, Brent Midland, usava para registrar-se em hotéis. E o nome do
empresário, “August West” é um personagem citado na música, “Wharf Rat”, também
do Grateful Dead.
Bem, por ser
um telemovie, ou seja, uma produção feita especialmente para a TV, portanto
com um padrão de baixo orçamento, o filme surpreende por trazer tantas
referências interessantes, que normalmente não
seriam observadas por tal circunstância operacional realizada a toque de
caixa e pouca verba.
Sobra a parte musical, isso também é positivo ao meu ver,
tanto pela trilha muito boa a apresentar clássicos das décadas de sessenta,
setenta, oitenta e noventa, quanto pela construção do som do “The Lost Soulz”,
quanto nas partes mais amenas a mostrar o processo de composição em violão ou
guitarra desligada e sem esquecer a jam de Blues que foi muito boa. O som da
banda fictícia mostra uma amálgama dessas influências citadas ainda que penda
mais para o Hard-Rock oitentista em transição rumo ao Grunge noventista, a
grosso modo.
Ouve-se ao
longo da trilha sonora o som de Bob Dylan, Aerosmith, Muddy Waters, Canned
Heat, Howlin’ Wolf, Guess Who, Willie Dixon, Donovan e também artistas mais
modernos, dos anos noventa, tais como Violent Femmes, Nirvana, Jane’s Addiction
e outros.
Scott Rosenbaum
dirigiu e escreveu a história. Ele também dividiu o roteiro com Jasin Cadic. O filme foi
lançado em agosto de 2011, e sofreu uma enxurrada de críticas ruins.
Reclamou-se muitos dos clichês, mas convenhamos, com um baixo orçamento eu
penso que pelo contrário, o filme tem méritos. E também foi mencionado o fato
de que fora uma tentativa de imitação do filme: ”Eddie and the Cruisers”, de
1983, no entanto, apesar da questão da morte do guitarrista, há diferenças bem
acentuadas, pois não há o mote policialesco demonstrado pelo filme em comparação.
Existe sim
em versão DVD, passou bastante pelos canais da TV a cabo e encontra-se com
dublagem em português, inclusive, disponível no YouTube.
Como veredicto final, eu acho que vale a pena
certamente assisti-lo e reafirmo, apesar das críticas recebidas, eu penso que
esta obra tem os seus atrativos, conforme eu comentei ao longo da resenha.
Esta resenha faz parte do livro: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll" e está disponível para a leitura em seu Volume II, a partir da página 265.